Hot 5 - As aberturas (by Manu)

Devo dizer: adoro listas! Gosto de ficar na dúvida e quando decidir pela "resposta" final, dar as justificativas. Além disso, gosto de revisitar listas de tempos em tempos: aquelas tradicionais - melhores discos, melhores filmes e etc, sofrem mudanças com o amadurecimento. E isso é um exercício bem maneiro.

Diante da postagem do Ron Groo, das Hot 5 "As aberturas", isto é, as introduções de disco que nos empolga o suficiente para dizer - sem ouvir o resto -  "uau, isso aí foi... uau", cá estou com as minhas 5, já pedindo para que entrem no clima e também comentem a de vocês!

♫ Hot 5: "Aberturas" ♫ - Falou em melhor abertura, veio à minha mente as primeiras notas de baixo da música Ace of Spades do Motörhead. Dispensa apresentações, creio eu. O álbum com o nome da faixa é de 1980 e é considerado um disco que delimita as noções de Heavy Metal nessa década de seu lançamento. Além disso, a música é considerada um dos hinos da banda. Vamos contestar? Não mesmo. É excelente e faz jus ao rótulo. Basta abrir bem os ouvidos e ouvir que vai entender o porque de tudo isso e porque começo a lista com ela:

♫ Hot 5: "Aberturas" ♫ -  Um dos meus discos favoritos do AC/ DC é em sombra de dúvidas, Back in Black. Logo de cara, Hells Bells te indica o caminho do quão espetacular pode ser a experiência da audição completa do disco, numa intro perfeita para canções absolutamente excelentes. Apesar de ser meio "caidona" ela conecta disco e abertura de uma forma bem encaixada: começa com badaladas de um grande sino, o que nas apresentações é tocado pelo vocalista Brian Johnson. Basicamente o som do sino dá um climão um pouco tenso e deixa aberto para o que está por vir, algo que para mim é a grande sacada da banda: apesar da faixa título abrir o lado B do vinil, a decisão de colocar Hells Bells como a primeira de todas é muito mais perspicaz.

♫ Hot 5: "Aberturas" ♫ -  Em breve, lançando disco novo e pelo visto, experimentando outros sons para tocar o nosso espírito, o Pearl Jam é dessas bandas que, desde o começo da carreira, não entra em estúdio para fazer "qualquer coisa" ou apenas para cumprir contrato. Ten foi a primeira obra e mora em nossos corações desde seu lançamento. Por isso, tem um perfeito introito: Once. Em poucos segundos de execução essa música já te derruba no chão. Fico tentando imaginar o impacto dos caras em ouvirem Once pela primeira vez. Porque digo isso? É que essa música foi o embrião de uma das três músicas que o vocalista Eddie Vedder gravou em San Diego para enviar à banda antes de se juntar à eles. Essa e Alive foram reaproveitadas para o disco e bem... funcionaram como nunca! Deveria ser um material interessante para os demais músicos, afinal Eddie tomou rapidamente o posto de vocalista e líder. Não é para menos: seu jeito único, carregado de emoção e ao mesmo tempo, peso era a cereja do bolo, o toque final para o Pearl Jam ser grandioso como ainda é. 

♫ Hot 5: "Aberturas" ♫ - Nessa de ter lista para tudo, certamente The Real Thing do Faith No More é um disco que está no meu top 10 com toda certeza. Nele, estão os grandes sucessos dessa banda meio esquisita (especialmente nas apresentações ao vivo):  Epic e Falling to Pieces. O disco é tão interessante que contém uma bela de uma versão cover de War Pigs do Black Sabbath. A abertura do disco ficou a cargo de outra canção clássica do FNM From Out of Nowhere:

Por incrível que pareça há todos os elementos de música pesada ali - baixo, guitarra e bateria bem fortes - mas também de um certo clima dançante - garantido pelo teclado. A voz rasgada de Mike Patton, recém chegado à banda na ocasião do disco para substituir Chuck Mosley, casou com os demais e isso fica muito claro logo de cara com a abertura.  

Para quem gosta de futebol americano e hóquei, From Out of Nowhere foi tema do Madden NFL de 2005 e fez parte da trilha do NHL do mesmo ano.

♫ Hot 5: "Aberturas" ♫ - Sempre procurei ouvir algo que viesse do norte da Europa, especialmente de bandas ou músicos finlandeses, já que tinha algumas bandas como Nightwish, Children of Bodom e Stratovarius como umas das minhas favoritas. Logo, outras coisas mais "leves" da cena musical finlandesa era digno de atenção. Em meados de 2007 , conheci Poets of The Fall através do videoclip da música Carnival of Rust - uma canção belíssima. Me apaixonei instantaneamente pela voz de Marko Saaresto, procurei ouvir a discografia e não me arrependi. 
A banda ainda era novidade na ocasião, e tinha dois discos: Sings of Life de 2005 que trazia canções de um rock maduro e competente e Carnival of Rust de 2006. É sobre esse disco que comento aqui,

A música título - apesar de ser uma das músicas mais bonitas que já ouvi - não é a faixa de introdução. Esta é Fire, para fechar o meu "hot 5" com categoria. Com uma melodia ótima e um vocal belíssimo com um jeitão fluido de reproduzir a letra, Fire realmente "esquenta" o que está por vir.  Na sequencia, a faixa Sorry Go Around é envolvente e sexy, e a própria Carnival of Rust colocou POTF no meu interesse, sempre.

Comentem a de vocês conosco! 
Abraços afáveis e Musique-se!