Hot 5 - As aberturas

Tem vezes que o disco nem é grande coisa, mas a música que abre o trampo é tão boa que a gente ouve o resto de boas.
Tem vezes que nem um petardo bem composto, cantado e tocado salva, mas.... Não é o caso.
Agora, as melhores aberturas de disco gringo que você respeita! Ou não...

No primeiro disco do Black Sabbath o recado já é dado logo de cara.
A faixa título e de abertura do disco define o que era e como seria a banda (ao menos até o Ozzy se mandar...) mas não é, nem de longe, a melhor faixa de abertura dos caras.
Há quem prefira Sabbath Bloody Sabbath, faixa título do disco homônimo de 1973, ou mesmo War Pigs, do Paranoid (1970), mas na opinião do espaço, nada supera "Hole In The Sky", do subestimado Sabotage (1975).
O peso da faixa, o trabalho da guitarra de Iommi e Ozzy cantando como um alucinado (nunca cantou tão bem como neste disco) são de entortar.
A agulha desce ao vinil, alguns segundos de silêncio e pá! Começa o big bang...


Grand Funk Railroad.... Não se deixe levar pelo nome. É uma banda de rock pesado (apesar de não ser duro), brutal...
Chegou a ser descrita como a “resposta americana ao Led Zeppelin, o que convenhamos, é besteira.
No seu disco de 1972, Et Pluribus Funk, a abertura é "Footstomp’ Music", uma faixa alegre, contagiante a ponto de nos fazer bater palmas (eu bati, tá... problema meu!) e completamente diferente do resto do disco (que também é bom).
Os teclados e o baixo galopante conduzem a música e faz parecer que há uns dez músicos tocando quando, na verdade, é só um trio.
Porrada!


Don McLean é um baladeiro dos bons.
Compõe bem, canta bem, toca bem e escolhe bem seus músicos de apoio.
Seu disco de 1971, American Pie, é de um bom gosto enorme e até quem não conhece o trabalho do cara gosta da música de abertura. E se não conhece, gosta assim que ouve a primeira vez.
"American Pie" não só uma bela coleção de referências pop embaladas com uma música linda e um refrão capaz de fazer cantar até quem não saca nada de inglês, como também narra um dos episódios mais tristes da música: a morte de Big Bopper, Ritche Valens e Buddy Holly sem que a música seja triste!


Não conheço muita gente que curta Uriah Heep, mas quem conhece vai concordar.
"The Wizard" (não confundir com a do Black Sabbath) é o melhor cartão de visitas que poderia existir para o álbum deles de 1972, o  Demons and Wizards.
A canção se sustenta sozinha sem o restante do disco, óbvio, mas é a porta de entrada para um mundo de magia digno de um livro de Tolkien, se a Manú, me permitem.
“And a million silver stars / That guide me with their light…”

Madman Across The Water (1971) não é o disco mais popular de Elton John, mas arrisco dizer que é o melhor.
Une composição, execução e uma criatividade maluca, livre, sem amarras comerciais ou mercadológicas que o artista nunca mais conseguiu aliar.
Fez ótimos trabalhos, claro, mas não com esta unidade.
E covardia das covardias: abre com "Tiny Dancer"...
Não é preciso dizer mais nada.


Tem outros também: "We Will Rock You" (Queen, News of the World, 1977), varios do Led Zeppelin, o petardo "Highway Star" do Purple (Machine Head, 1972), "Sting Me", dos Black Crowes (Southern Harmonium and Musical Companion, 1992), "Monkey Business", do Skid Row (Slave to the Grind, 1991), "Welcome to the Jungle" do Guns and Roses (Appetite for destruction, 1987), "Enter Sandman" do Metallica (Metallica, 1991), mas os cinco primeiros são meus prediletos.
Tem os seus? Deixe ai nos coments.

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