4 discos para quem ainda não gosta de samba

Segunda feira de carnaval...
Muita gente está em casa, curtindo o fim de semana prolongado que deve se estender até o meio dia de quarta-feira.
Curiosamente, entre estes, há uma boa parcela que diz não gostar de carnaval, e isso não dá para entender muito bem. Quem não gosta de descanso?
Quanto à festa, normal não se interessar pelos desfiles profissionais dos sambódromos, há ressalvas naquela alegria toda que parece muito forçada e os motivos, bom... Transformar a festa popular em uma disputa com vencedores e rebaixados meio que engessou tudo, mas deixou uma máscara de sorriso lá. Não me agrada também.
Penso nos blocos espontâneos ainda que tradicionais, na festa popular em Salvador e Olinda, do carnaval de rua do Recife com suas agremiações tradicionais... Difícil não sentir simpatia.
Ok, não é só samba... Tem frevo, forró, batidas afro na Bahia, mas em geral, quando se fala em carnaval, se pensa em samba.
Então aqui, para você que diz não gostar de samba, separamos alguns discos da mais legitima expressão do samba para que entenda, que você gosta... Só não sabe.
O Samba na visão do artista Carybé.

Bebadosamba (1996), de Paulinho da Viola.
Paulinho da viola é o sambista mais elegante que existe... Classudo, canta como poucos e gravou discos clássicos durante toda a carreira.
Escolhemos este porquê... Bom... Porque gostamos muito!
“Timoneiro”, “Quando o Samba Chama”, a faixa título, “Ame”, “Solução de Vida”, “O reverso da Paixão”... é de tirar o folego.




Martinho da Vila.
Não deu para escolher um disco de Martinho... Embora Lusofonia, de 2000, tenha rodado por aqui até quase ficar transparente, todos os outros discos do sambista são dignos de estar na lista.
Então vai uma coletânea com o fino de sua vasta obra.
Martinho é o samba.




Bete Carvalho, De Pé No Chão. (1978)
Existem diversas sambistas maravilhosas, mas escolhemos Bete Carvalho por ser considerada a madrinha do samba.
Ela descobriu e divulgou muita gente durante sua carreira incluindo aí Zeca Pagodinho e o grupo Fundo de Quintal que são referências do gênero.
E olha só, sua interpretação de “Coisinha do Pai”, composição de outro bamba do estilo também revelado por ela, Jorge Aragão, foi usada para acordar o veículo espacial Soujorner, que integrava a missão Mars Pathfinder criada pela Nasa para explorar a superfície do planeta.
Quem nunca cantou “Vou Festejar” por algum motivo que cante agora...




Jorge Aragão, Ao vivo (1999)
Jorge começou a carreira como guitarrista em bandas de baile o que ajudou em sua carreira a procurar novas tendências e outras sonoridades para seu samba.
Lançado por Bete Carvalho, faz um samba que além de bonito, tem uma mensagem de fundo social muito forte.

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