Fake Deep Purple

O Deep Purple anunciou há pouco o lançamento de um novo disco de inéditas: Woosh.
Também divulgou o que será a capa e o track list e o line up é o mesmo dos ultimos discos: Gillan, Paice, Glover, o maravilhoso Steve Morse na guitarra e os teclados competentes de Don Airey.
1. ”Throw My Bones”
2. ”Drop The Weapon”
3. ”We’re All The Same In The Dark”
4. ”Nothing At All”
5. ”No Need To Shout”
6. ”Step By Step”
7. ”What the What”
8. ”The Long Way Around”
9. ”The Power of the Moon”
10. ”Remission Possible”
11. ”Man Alive”
12. ”And the Address”
13. ”Dancing In My Sleep”
Da banda original, sobrou apenas o baterista Ian Paice.
Os outros dois fundadores: Jon Lord, decidiu sair do grupo em 2002, lutando contra um câncer que o vitimaria em 2012 e Ritchie Blackmore, o genial e genioso guitarrista foi assim, meio que expulso da banda em novenbro de 1993. Segundo depoimentos para o filme Come Hell or High Water (1993), nem o cachorro de Blackmore gostava muito dele...
Roger Glover e Ian Gillan, apesar de estarem na banda desde seu momento mais áureo, fazem parte da chamada MkII.

Musicos de qualidade nunca foram problema para as diversas formações que a banda teve, porém... Houve uma "formação" que existiu apenas por alguns meses durante um tempo em que a banda tinha se separado...
Foi em 1976  e o Deep Purple tinha - da matadora formação MKII - apenas Jon Lord e Ian Paice.
David Coverdale e Glen Hughes eram os cantores e baixista respectivamente, no lugar de Richie Blackmore estava o ótimo Tommy Bolin, que infelizmente viria a falecer no mesmo ano em decorrência de uma overdose.
Com esta formação haviam lançado seu último disco - Come Taste the Band – em 1975 e se separararam.
 Para todos os efeitos, a banda que lançara In Rock, Fireball e Machine Head não existia mais. A que lançou Burn e Stormbringer também não.
Mas a gravadora e alguns empresários ávidos por alguns trocos a mais não entenderam bem do que se tratava aquela pausa e engendraram então um plano diabólico para remontar um grupo em torno no mítico nome.
Juridicamente, para não dar problemas - já que o nome da banda era obviamente registrado – adicionariam “new”, assim como já havia sido feito com o Steppenwolf.
Para dar alguma veracidade à formação procuraram por algum ex-integrante original.
Porém quase todos os músicos que já tinham tocado oficialmente na banda estavam em outros grupos ou tratando de suas carreiras solo restando apenas Nick Simper e Rod Evans, baixista e vocalista respectivamente que tocaram na banda de 1968 até 1969.
Sentindo o cheiro da armação no ar, Simper pulou fora, Evans, provavelmente precisando de uma grana, topou.
Então com Rod Evans no vocal, Tom DeRivera no baixo, Dick Jurgens na bateria, Tony Flynn na guitarra e Geoff Emery nos teclados começaram os ensaios.
O segundo da esquerda para a direita, não é o Roberto Carlos?
Nos cartazes, por audácia ou por descuido, o nome da banda aparecia sem o “new” e mesmo avisados que aquilo poderia terminar em confusão, foram em frente.
Tudo parecia bem planejado e até mesmo bem executado, o único problema foi que todos esqueceram um detalhe: o público.
Ao executar algumas músicas como "Child in Time", "Burn" ou "This Time Around" o público incauto que havia engolido a isca achando que veria e ouviria mesmo o Deep Purple sacava que tinha sido largamente enganado e estavam assistindo um punhado de ilustres desconhecidos e que ainda por cima tocavam mal para caramba.
Por sorte, não duraram mais que alguns meses.
O Deep Purple de verdade, aquele que deu ao mundo Made in Japan reapareceria apenas em 1984 e em grande estilo, mas não... Perfect Strangers, primeiro single (e nome do disco) da reunião não trata desta história.

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