Thriller, a maior obra de Michael Jackson - por Marcos Lauro

Há exatos onze anos o mundo era surpreendido pela notícia da morte de Michael Jackson, um dos maiores nomes da cultura pop dos anos 80 (e do século XX)
Para marcar a data, pedimos para o amigo Marcos Lauro uma analise sobre a maior obra do cara: Thriller, disco de 1982.
Enjou it.

Bem, é chegada a hora. Acho que esse site já é grandinho o suficiente para falar do melhor disco da história da cultura pop.
Dá pra fazer um texto sobre esse álbum só falando de números.
Como um PVC da música, eu falaria sobre as 100 milhões de cópias vendidas só nos Estados Unidos, o recorde de oito Grammys em 1984, o topo das paradas de pelo menos 10 países e a permanência do disco na parada da Billboard ATÉ HOJE (Thriller ficou na 52ª posição na Billboard em 2013)… mas não, vamos pôr mais sentimento nisso aqui.

Thriller fez com que cada criança nos anos 1980 ensaiasse uns passinhos na frente do rádio.
Michael Jackson mudou a visão que as pessoas tinham sobre a dança e mostrou que pode ser um troço fácil de se fazer (não que eu concorde, não mexo um tendão no ritmo, mas vá lá).
Michael mudou também o conceito de video-clipe, com um curta-metragem que é um clipe e vice-versa.
Experimente contar quantas vezes você já viu o clipe de “Thriller” inteiro… mais de uma dezena, facilmente.

O disco começa manso e as três primeiras faixas meio que preparam o terreno para que "Thriller" – a música nome do disco – ataque.
Depois que chegamos à icônica faixa-título, o álbum traz "Beat It" e "Billie Jean" numa tacada só. Pura ignorância! Pra quê isso, Michael?
Antes disso tudo, ainda tem até Paul McCartney na belíssima e engraçada "The Girl is Mine", que revolucionou essa coisa triste de não haver grandes clipes com negros e brancos na TV – ainda nos anos 1980(!!).
Além das quebras de tabu, ainda temos a linda música "Human Nature", que vale muito a pena até na versão em português, gravada pela Dulce Quental (é sério!).
Talvez, se Michael Jackson não tivesse pirado tanto, ele poderia repetir o impacto de Thriller.
O disco seguinte, Bad, já é bem mais fraco e não tem faixas tão poderosas.
Depois, degringolou de vez e deu no que deu.
Durou pouco, mas foi suficiente para fazer história.
O suficiente para ser “só” o eterno Rei do Pop.

Marcos Lauro é fundador da Orfeu Digital

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