49 anos da morte de Jim Morrison, um dos membros mais carta marcada do clube dos 27

Um representante do grupo antidrogas Do It Now procurou Jim Morrison no escritório da banda para que gravasse um depoimento sobre os perigos da metedrina, droga também conhecida como speed, speedball...
O consumo da droga estava em níveis alarmantes nos EUA e o grupo vinha pedindo sistematicamente a ídolos do rock para desencorajar publicamente seus fãs de fazer uso da substância.
Os spots de sessenta segundos iam ao ar nas rádios sob o título Speed Kills (speed mata) e para convencer Morrison, levaram gravações feitas por Frank Zappa e Alice Cooper.
Jim concordou em gravar imediatamente.

-Está ligado? – disse ele ao representante.
-Está. Pode começar.

Jim começa seu discurso:
-Olá! Aqui é Jim Morrison, dos Doors e quero dizer que speed mata... – silencio - Está mesmo ligado? Era só um teste... Vamos sério agora.
-Ok! Vou rebobinar a fita e você pode fazer novamente.

Jim retoma.
-Olá seus idiotinhas! Aqui é Jim Morrison, dos Doors e quero dizer a vocês que estão aí ouvindo rádio em vez de fazer lição de casa que speed mata...
O homem do Do It Now desligou o gravador e suspirou.
-Espera ai! Não acabei... – disse Jim piscando para seu secretário.
-Jim, por favor... Tem que ser conciso, tem que caber tudo em sessenta segundos.
-Ok... Ok. Estava só brincando e me aquecendo. Agora vamos sério.

O homem rebobinou o gravador novamente e deu o sinal para que Jim começasse.
-Olá! Eu sou Jim Morrison, dos Doors e queria pedir a você que não injetem speed em suas veias... É muito melhor que vocês cheirem e...
Novamente o homem para a gravação, visivelmente transtornado.
-Jim... Por favor. – e rebobina a fita novamente.

Jim sorri e recomeça.
-Olá, aqui é Jim Morrison, dos Doors e quero dizer que injetar speed não é inteligente... Veja só. Se injetar speed num ganso, por exemplo, ele vai nadar em círculos até ficar louco e...

Novamente o aparelho é desligado.
-Jim... Um take só. Era pra ser um take só... Não posso ficar o dia todo aqui.
-Hum... Entendo... Então tá. Vamos fazer uma última vez, pode ser?
O homem rebobina a fita e dá o sinal.

-Olá! Aqui é Jim Morrison, dos Doors e quero dizer que não injetem speed... O melhor é tomar downers (outro tipo de anfetamina) que são mais baratos e tem mais variedades como os tranks (tranquilizantes), os barbs (barbitúricos)...

O pobre do representante se levanta, veste seu casaco e se retira do escritório da banda sem sequer levar seu gravador.
E o Do It Now nunca teve o depoimento de Jim Morrison, que só não riu mais (e riu muito) porque sabia do perigo real que o speed representava, mas... Cada qual cada qual.
Morrison queria para os outros a mesma liberdade de escolha que ele tinha.
Até para fazer coisas que o prejudicassem, como foi o caso já que em 3 de julho de 1971 foi encontrado morto em seu apartamento em Paris, com a causa provável da morte sendo uma overdose.
Há quem diga que não morreu, ao menos naquele dia, mas aí já faz parte do imaginário popular...

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