Senjutsu em 3 partes: 3 Vander Romanini: O disco pelo ouvido do músico

Quando o Musique-se me pediu para que eu fizesse uma resenha do novo álbum do Iron Maiden, confesso que fiquei emocionado por ter que ouvir e escrever sobre um álbum de uma das minhas bandas favoritas e onde meu herói e um dos culpados de eu ser baixista toca!


Dizer o que?? É um excelente disco desses sexagenários em excelente forma física, técnica e musical! Eles entregam para o ouvinte fã da banda exatamente aquilo que lhes é esperado! Peso? Temos! Cadência? Temos também! Riffs e solos de guitarras muito bem distribuídos entre os três guitarristas? Temos também! Vocal excepcional de Bruce Dicknson? Temos e muito!!

Senjutsu é um álbum muitíssimo bem produzido e executado pelo sexteto! Os músicos estão em uma sintonia difícil de encontrar em outras bandas! Bom, chega de delongas e vamos ao faixa a faixa:

  1. Senjutsu: Faixa título. A levada e a cadência fazem com que o ouvinte seja “preparado” para o que virá pela frente!!! Tecnicamente executada com precisão!! Além de ser uma música muito bonita!!

  2. Stratego: Música “Padrão Iron Maiden!! Tá tudo lá! A batera pulsante do Nico, a “cavalgada” do baixo do Harris!! As guitarras marcantes do trio Adrian/Dave/Janick!! E o vocal ora visceral, ora melódico de Bruce!! Mais “iron Maiden”, impossível!!
  3. The Writing On The Wall: A “música do clipe”! É excelente!!! Lógico que o clipe ajuda, mas ela por si só é uma das mais legais do disco!! Bem executada, com violões de introdução, levada bem característica, solos nos lugares certos, ela toda é de uma cadência muito peculiar! Mostra a ótima forma de Nico e Harris na “cozinha” da banda!!

  4. Lost In a Lost World: Começa num clima pesado de voz/violão/teclados muito legal, que prepara o ouvinte para uma execução pesada e marcante do sexteto!! Trocas de ritmo pra lá de ótimas! Não deixam a peteca cair! Acertaram em cheio nessa aposta! Não param de experimentar! Sensacional!! O final baixo dedilhado, guitarras solando e voz fecha a música com chave de ouro!!
  5. Days Of Future Past: Outra “Padrão Iron Maiden”! Levada rápida, refrão “quebrado”, mas marcante! Bruce mostra nessa faixa que sua voz continua muitíssimo bem, obrigado! O final dela é diferente, mas muitíssimo interessante!! 
  6. The Time Machine: Taí uma música “diferentona” deles! Outra com algumas mudanças rítmicas que dão um belo resultado!! Mostra a boa forma deles como músicos! Muito bem resolvidos musicalmente, eles se deixam levar nesses pouco mais de sete minutos onde a música quer chegar! E o resultado é outra excelente faixa!!!
  7. Darkest Hour: A “Wasting Love” do disco! E quer saber?? É muito mais legal! Sem invenções, simples, como uma “balada” deve ser!! Essa deve funcionar muito bem ao vivo! Gostosona de ouvir!
  8. Death Of The Celts: Que Intro de baixo, violão e teclados!!! Música “épica”! Te transporta para o tempo medieval onde um menestrel e sua trupe diverte a corte!! Lógico que depois o peso entra em cena, mas ainda assim o ouvinte se sente lá, no baile da corte! O menestrel, digo, Bruce Dickinson, canta com firmeza, enquanto a trupe, digo, músicos, fazem maravilhas na música! Uma verdadeira jam com o botão REC ligado!!! E é evidente que nós, pobres plebeus adoramos isso!! 10:20 de pura magia!!!! A parte final é sensacional! A melhor faixa na minha opinião!!

  9. The Parchment: Começo bem denso, passando para o peso cadenciado característico da banda! Bruce canta de forma firme e contundente, e a banda toca também de forma firme e contundente!! Não tem mudança de andamento, mas tem mudanças de ritmos muito bem encaixadas. No final há uma aumentada na velocidade com solos de guitarra muito bem executados com um final igual ao começo. Denso! Muito boa, por sinal! A faixa mais longa, mas longe de ser enfadonha!!!
  10. Hell On Earth: Intro longa preparando o inferno na terra como o título da música sugere!! Levada espetacular!! Harris cavalgando as cordas do baixo de forma sublime, Nico socando sua bateria com maestria e o trio de guitarras dando aquela abrilhantada!! Uma caída de ritmo muito bem elaborada! Aí Harris acha um jeito de executar um riff de baixo espetacular! E a música retoma seu peso e andamento de forma natural até acabar como começou!! Um desfecho sensacional!! 

  11.  

Então é isso! UP THE IRONS!!!!



Abraços!


Vander Romanini é baixista da Valfuria



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