Guinebissau: muito além do stoner

Confesso: nunca entendi o rótulo “stoner rock”.
O que seria?
É música pesada, árida, seca... Tanto quanto o Black Sabbath dos primeiros três discos.
Mas não é heavy metal, como o Sabbath ensinou?
Bem... Quem ouve Kyuss, Queens of the Stone Age, Kadavar e afins diz que não.
Vai entender?

 No Brasil, sob esse rótulo provavelmente o maior expoente é a primeira fase do Scalene que engloba seus três primeiros discos.
Mas tem mais gente... Do Paraná, por exemplo o Red Mess.
Só que o rótulo fica muito limitado quando se trata do trabalho de dois dos membros do Red Mess.
Inquietos, Thiago Franzim e Douglas Labigalin também se aventuram em projetos como o Aminoácido onde dão cores frankzapeanas à composições próprias junto com Cristiano Ramos (guitarra e voz), Lugue Henriques (bateria) e Fabio Santos (sax).
Só que ainda é pouco...

foto: Manuela Garcia

Agora, apenas como um duo e sob o nome de Guinebissau, Thiago e Douglas estão lançando o EP Talvez Pode Ser Quem Sabe (Abraxas Records) e vão muito além do tal stoner colocando em seu caldeirão sonoro punk, country e até jazz em cinco faixas produzidas pela própria banda e gravadas em um estúdio improvisado no porão de casa.


Porém não se engane, o resultado é de qualidade.
Basicamente instrumental - apenas duas faixas têm vocalizações - o ritmo é ligeiro.
Destaque para a faixa título com levada jazzy e que ganhou um videoclipe dirigido por Gabriel Lemes e a experimental, porém pesadona “Nada”
O disquinho fecha com “Cambalacho”, apresentada como bônus track, mas que está totalmente dentro do espirito do EP.
Vale muito a pena dar uma conferida no trabalho que está disponível nas plataformas de streaming.
Link => Talvez Pode Ser Quem Sabe



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