10 anos de Imaginaerum: Quando o Nightwish foi absolutamente mágico

Na última terça-feira (dia 30 de novembro) o sétimo álbum de estúdio da banda finlandesa Nightwish, intitulado Imaginaerum, completou 10 anos. 

Até poderíamos deixar a data passar, mas parece muito propício comentar sobre essa peça por dois motivos, um mais geral e outro, particular. Sem dúvidas, é um dos mais completos trabalhos da banda liderada pelo tecladista Tuomas Holopainen e também, teria muito a ver com essa época do ano que se iniciou nessa semana. O mês de dezembro sempre nos remete às festas de fim de ano, sobretudo, o Natal, uma data que tem muito de magia (além da inegável fé cristã).
Por isso, vamos contar algumas coisas sobre esse disco aniversariante. 

Lançado no dia 30 de novembro de 2011, o projeto foi gestado desde meados de 2008, quando o Nightwish estava todo em divulgação de Dark Passion Play - um álbum divisor de águas, com a missão de determinar se a banda continuaria com sucesso tendo uma nova vocalista (a sueca, Anette Olzon), se reconquistariam os fãs que ficaram desgostosos com a demissão de Tarja Turunen e se atrairiam novos outros. 
No "olho do furacão", a tentativa foi, de algum modo, bem sucedida. O álbum foi bem recebido pela crítica e quem de fato gostava da banda, se familiarizou com Anette e se maravilhou com as canções de Tuomas (o principal compositor) como sempre fizeram.

Imaginaerum teria uma pegada diferenciada, mas não tanto em termos sonoros e sim, em termos de conteúdo. Seria um projeto pessoal, uma realização muito específica de Tuomas.
O tecladista chegou a dizer em entrevista que precisou checar com os demais membros se eles embarcariam na jornada, que era bem ambicioso e tinha, em essência, ser não só um álbum conceitual (o que poderia ser absolutamente normal), mas tendendo ao autobiográfico e contando com uma mídia extra: um filme!
 
Todos toparam embarcar nessa e contribuir para a sua feitura. A jornada começou com a formulação de músicas do tipo trilha sonora original e uma história bem atrativa para quem gosta de fantasia como roteiro. Partindo deste ponto, o filme foi lançado um ano depois do disco, em 10 de novembro de 2012 na Finlândia, junto com um show como vinha sendo na turnê iniciada naquele ano. 

Gravado no Canadá e dirigido por Stobe Harju, acabou não sendo um filme de fácil acesso para o público em geral. A Solar Films, a produtora, divulgou nos cinemas das principais capitais europeias no dia 23, mas nas demais localidades ficaria disponível, depois, apenas em DVD e Blu-Ray. 
Algumas imagens do longa com atores, podem ser vistas logo abaixo. O filme é também um musical (óbvio!) e há participações dos próprios músicos em algumas cenas específicas. As tais foram recortadas e lançadas como videoclips, ao logo do ano.




Do que afinal se trata a história? Tem relação com as músicas? 
Sim, há uma boa dose poética, da sinopse, nas letras, mas não de forma muito direta. Para o filme, foi preciso um roteiro cujo resumo traçamos a seguir: 



Apesar do teor fantástico, as questões abordadas são mais adultas do que se pensa. O filme e as letras estão ligadas à vida de Tuomas (o nome do personagem é o equivalente inglês para seu nome, uma versão curta de Thomas, isto é, "Tom"), nos faz refletir sobre a vida de forma mágica e realista, ao mesmo tempo.
Mesmo não identificando totalmente os simbolismos ali presentes, o entendimento é mais provável para os fãs da banda. Tudo é bem fantasioso, um pouco sinistro, mas não deixa de ter um teor existencialista e filosófico sobre a estada no mundo e o mundo da imaginação. 
Por isso então, o título é perfeito: Imaginaerum. (PS: O nome do álbum e filme quase foi Imagine, mas a ideia foi abandonada para não remeter à famoooooosa canção de John Lennon. Inicialmente também, optou-se por Imaginarium, que no caso, foi abandonado também por questões de uso do nome em outras lugares/marcas *não, não é aquela loja de presentes caros, rsrsrs...*).

As inspirações do longa em si, são muitas: os filmes de Tim Burton (das quais, em mais de uma ocasião, Tuomas disse apreciar muito), a relação com contos de fadas de uma forma geral e, por extensão, as adaptações da Disney, além da literatura do escritor britânico Neil Gaiman. 
Sobre o álbum, o aniversariante da semana, podemos contar também com as influências musicais de muito tempo do tecladista e líder do Nightwish, como os compositores de trilhas sonoras: Hans Zimmer, Danny Elfman (basicamente o braço direito do diretor Tim Burton em termos de trilha) e Ennio Morricone. É detectável também uma pegada doom metal, de bandas como Paradise Lost e My Dying Bride e menos de outras, como Pantera e Van Halen. 

Tuomas reuniu os companheiros: Marko Hietala (baixista e vocal), Emppu Vuorinen (guitarrista), Jukka Nevalainen (baterista) em julho de 2010 no tradicional acampamento em Sävi, na Finlândia, para início das gravações das demos base. As gravações oficiais começaram em 15 de outubro, majoritariamente na Finnvox Studios, em Helsique, e logo também, no Angel Studios para as linhas orquestradas, executada pela Orquestra Filarmônica de Londres com a direção do maestro Pip Williams. Os trabalhos sinfônicos vinham acompanhando a banda desde Once (2004) e também foi usada no disco seguinte, o Dark Passion Play (2007). Para Imaginaerum, Pip conduziu o primeiro coral infantil nunca antes usado em discos do Nightwish, apesar da contribuição nos álbuns anteriores. 

O mais aguardado e complexo álbum dos finlandeses acabou se atrasando um pouco mais do que o esperado, já que nessa ocasião da preparação das demos, Anette não pode se juntar aos companheiros no acampamento, de início, por ter dado à luz à um bebê. 
As linhas vocais também foram adiadas, no período de gravações oficiais, pois tanto ela, quanto Marko tiveram "acidentes domésticos" das quais demoraram a se recuperar. 
Hoje é possível mensurar que esses "acidentes" se davam por ordem pessoal, talvez relacionados à saúde. Marko tinha (e tem) depressão e Anette passava por problemas de saúde que se agravaram com a gravidez. Isso, além de dois filhos pequenos para criar, é claro, já que era mãe de um menino quando passou a compor a banda em 2007 e logo em 2010, tivera o seu segundo filho. 
Os contratempos foram superados e as gravações acabaram, um ano depois, precisamente em julho de 2011. (Mas na turnê, mais problemas com a vocalista iria surgir...).

A capa do disco foi desenvolvida por Janne Pitkänen - conhecido como "Toxic Angel" - e mostra a imagem de um parque de diversões à noite e no inverno. Inicialmente essa ilustração seria uma das várias que comporia o encarte do álbum, mas Tuomas e os demais escolheram como capa, e isso foi a sacada perfeita, já que a imagem trás uma nuance sinistra e mágica ao mesmo tempo.


Como mencionado, Tuomas sempre teve um grande apreço por contos de fadas - nunca escondeu de ninguém que admirava as animações da Disney, tanto é que em um dos DVDs da banda, sobretudo o End Of Innocence, há um momento do documentário sobre o começo e o auge do sucesso, em que é possível vermos o seu quarto em uma casa de sua ilha particular, com as pareces lotadas de pôsteres dos filmes Disney. 
Ele também sempre se atraiu pela literatura de fantasia, e teve muito interesse por trilhas sonoras originais de filmes. Esses principais ingredientes moldaram Tuomas como compositor, quando, na adolescência, decidiu montar uma banda para si e canalizar nela, as suas criações. 

O que era para ser somente um projeto acústico, se tornou uma banda com sucesso. O primeiro álbum do Nightwish, Angels Fall First (1997) os colocou no mapa da cena musical, sobretudo, a cena Metal da Escandinávia. 
Eles eram diferentes, pois contavam com uma cantora de ópera, algumas faixas flertavam fortemente com o Folk Metal (um elemento que surge vez ou outra nos álbuns seguintes, mas que está sempre presente com uma parcela característica do som). Também havia um toque de Power Metal, que seria algo que influenciaria muito a composição dos dois álbuns seguintes, até tomarem forma com o estilo Metal Sinfônico, a partir de Once

Com o sucesso no fim dos anos 1990, Tuomas foi dedicando-se cada vez mais à sua criação e como líder, todas as decisões cabiam (e cabem) somente a ele para acontecerem. (Dito isso, não há contestação: Tarja Turunen só é o que é, hoje, graças à Tuomas. Seu pretenso controle sobre a banda, muito por influência de seu marido e empresário, fez com que ela fosse literalmente ejetada da banda, por motivos cruéis, mas justificáveis. Você pode até discordar de Tuomas, mas simplesmente não pode contrariar o seu jeito de fazer música o tempo todo.)

No primeiro disco também, há uma faixa que dava total indício de toda a construção que viria a ser Imaginaerum: a faixa Elvenpath menciona, no prelúdio, uma passagem de O Senhor dos Anéis - animação dirigida por Ralph Bakshi, baseada no romance de fantasia homônimo de J. R. R. Tolkien.
Na letra, ainda temos a citação de vários personagens fantásticos, dentre eles: Mielliki, deusa finlandesa da caça, esposa de Tapio - também mencionado numa das estrofes e proveniente do épico finlandês chamado Kalevala. Bear-King (ou Rei-Urso) também relacionado à essa narrativa. O Kalevala foi uma das grandes inspirações de Tolkien no desenvolvimento de sua própria mitopoética, isto é, a sua obra literária, as histórias que se passam na Terra-média. 
Bilbo (figura central de O Hobbit), Snowman (o Boneco de Neve, que falaremos abaixo) e Willow, do filme Willow - Na Terra da Magia, dirigido por Ron Howard, são outras boas figuras que aparecem nas letras.

Apesar das músicas do Nightwish relatarem sentimentos íntimos de Tuomas, ou indicarem seus gostos pessoais, Imaginaerum foi o primeiro álbum completamente voltado para sua imaginação, sua vida, seus anseios, medos e traumas, frustrações e filosofia.  Ele se abre completamente em cada peça que compõe o álbum. 
São 13 faixas, sendo uma delas, a penúltima faixa, um épico intitulado Song of Myself. Dividida em 4 partes, totalizando 13 minutos e 29 segundos, é uma das maiores faixas compostas por Tuomas. 
Nela, há tudo sobre ele, inclusive um tocante poema (inspirado no autor Walt Whitman, poeta favorito do tecladista), narrado em boa parte, por Troy Donockley, na parte "All That Great Heart Lying Still". É simplesmente linda música em todos os níveis que a compõe. (Ouvir aqui). 

A faixa de abertura, cantada por Marko Hietala, é uma como se fosse uma canção de ninar. Intitulada Taikatalvi (em finlandês "inverno mágico") funciona, como em todo disco conceitual, como introdução - e fala sobre uma espécie de quadro branco na qual se pode "desenhar" a nossa imaginação.

A faixa seguinte, Storytime, foi o primeiro single do álbum, muito propício, afinal era "hora de contar a história"! Tuomas revelou que a compôs como a sua versão de The Snowman, famoso clássico natalino do autor inglês Raymond Briggs, publicado em 1978. Por isso, pode ser um bom álbum para se ouvir nessa época do ano. 

Em 1982, o conto infantil em questão foi adaptado em um curta de animação que chegou a ganhar Oscar em 1983 pela categoria de curtas animados. Assim como o livro, o curta conta a história por desenhos. Ele foi produzido por Dianne Jackson e vocês podem assistir a animação completa, clicando neste link.
A versão que mais se popularizou foi o cartoon e a música Walking in the Air, ambos de Howard Blake (ouvir aqui). O Nightwish regravou essa canção e está no segundo álbum deles, Oceanborn, de 1998 (ouvir a versão aqui). Ou seja, mais uma fonte de inspiração de muito tempo do tecladista. 

Para conferir o vídeo e ouvir Storytime, clique na foto: 


De acordo com Tuomas, Ghost River, a faixa 3, é uma canção sobre "disputa entre o Diabo e a Mãe Gaia" (ouça). Com uma linha de guitarra muito característica do modo Emppu Vuorinen de executar, ela soa muito boa combinada com a doce e melodiosa voz de Anette como Mother Gaia. Pouco antes do refrão, a harmonia leve é quebrada justamente com uma raivosa reação de Marko (Devil). Perfeito!

A grande surpresa para os tradicionais fãs do Nightwish estava na música seguinte: Slow, Love, Slow é sobre o amor verdadeiro que não carece de palavras para existir. Até aí, bem Nightwish. 
Mas, pensando, talvez que não tinha mais uma vocalista de ópera à frente de suas composições, Tuomas procurou algo que combinasse mais com o timbre da nova vocalista e encontrou no Jazz dos anos de 1930 o perfeito encaixe. Assistam o vídeo da música com trechos do filme, abaixo: 


I Want My Tears Back fala da saudade de coisas perdidas, e conta com a presença marcante da gaita islandesa de Troy Donockley - que logo passaria a ser membro fixo do Nightwish, justamente no álbum seguinte - Endless Forms Most Beautiful (2015). A música também funciona como um prelúdio para uma das faixas desse oitavo disco de estúdio: My Walden tem o mesmo tema. 

A segunda canção mais longa do disco é Scaretale que, como o próprio nome diz, trata dos contos mais assustadores, daqueles que causam pesadelos na gente quando somos crianças. É absolutamente fantástico o começo com o coral de crianças cantando versinhos de bruxaria. A própria Anette canta a música de forma meio esganiçada o que faz com que seja uma interpretação primorosa de sua parte. 
Scaretale  tem muitos níveis, mas é, sem dúvida, uma das mais interessantes de todo o álbum.

Uma instrumental belíssima - Arabesque - é um show à parte como sétima faixa. Se fecharmos os olhos, é possível imaginar umabailarina em movimentos virtuosíssimos e delicadeza, sem muito esforço. É como se a música se encarnasse em sua mente...

Seguida dela, o coração do ouvinte é arrebatado pela canção mais melancólica do disco. Turn Loose the Mermaids é lindíssima e fala sobre a partida de uma pessoa amada para o outro lado. É quase impossível não encher os olhos de lágrimas. Ouçam, e garanto que se emocionarão. 

Rest Calm é uma música que, segundo Tuomas, tem mais inspiração em Doom Metal. Suas letras versam sobre esperança e sobre memória, duas grandes questões que não devem ser tiradas das pessoas, e são como alicerces delas nesse mundo. 
O gancho com a faixa The Crow, The Owl and The Dove é quase palpável: completando o raciocínio da anterior, com a ideia de que o amor é que nos leva à Verdade e o estado mais profundo, ela é intensa apesar de calma. A composição é de Marko Hietala e se liga muito à história da banda, sobretudo com a referência aos animais owl (coruja) e swan (cisne), que aparecem em artes de capa, como no primeiro caso, em Oceanborn (1998) e no segundo, como personagem na faixa Swanheart do mesmo disco. 

A música mais animadinha é Last Ride Of The Day (ouvir aqui), um relato sobre a vida como uma montanha-russa. 
A penúltima, já comentamos: a épica Song of Myself, composta da catarse definitiva da história é incrível. 

Por fim, temos a canção final e faixa-título: um medley dos principais riffs, orquestrais e coral surgiu para funcionar como créditos finais do filme. Pip Williams, o maestro da orquestra de Londres, teve liberdade total para fazer juntar os pedaços e conceber a faixa que, brilhantemente, encerra a obra.

Detalhes dessa fase do Nightwish: Esse é o segundo e último disco da Anette nos vocais. 
Depois de ter feito a banda crescer mais ainda com Dark Passion Play (por sinal, esse é o disco favorito da banda pelo Steve Harris do Iron Maiden), o relacionamento dela com os demais membros ficou "embaçado".
Na turnê americana de divulgação de Imaginaerum, Anette precisou cancelar alguns shows. Na época, o que se sabia era que isso se dava por motivos de saúde. 
Logo, com a repetição da situação, a banda precisou tomar medidas rápidas. Em Denver, nos EUA, e no dia 28 de setembro de 2012, ela se sentiu mal pouco antes de subir aos palcos e foi internada. Tuomas e o assessor da banda foram falar com os presentes e deram duas opções à plateia: devolução do ingresso ou show com cantoras das bandas de abertura. A maioria ergueu o braço para a segunda opção e às pressas, e decorando as letras o mais rápido que puderam, Anette foi substituída por Elize Ryd e Alissa White-Gluz, das bandas Amaranthe e The Agonist, respectivamente, num show tenso, mas que acabou acontecendo de forma satisfatória. 

No dia seguinte, Anette emitiu um comunicado mostrando descontentamento com a escolha e repudiando a atitude da banda, que teriam tomado tal medida sem consultá-la. Não se mencionava sobre a gravidade do que sentia. 
Seu último show com eles aconteceu em Salt Lake City no dia 29 de setembro do mesmo ano. No dia 01 de outubro de 2012, anunciaram no site oficial uma nota dando conta de que fizeram um acordo com a vocalista e ela estava fora da banda sendo substituída, temporariamente, pela ex-After Forever, a holandesa, Floor Jansen para a continuidade da turnê.  
Depois disso, se soube que os motivo do mal-estar constante e não era nada grave. Anette estava apenas grávida de seu terceiro filho.

Algum tempo depois do ocorrido, ela manifestou as rusgas com a banda, em entrevista polêmica. Se igualou à Tarja Turunen, alegando ter sido demitida que nem a antecessora e acusou (especialmente Tuomas) de tê-la mandado embora por conta da gravidez. Isso acabou deixando em suspenso a questão do acordo previamente divulgado e algumas ressalvas pelo comportamento supostamente machista por parte do tecladista. 
Os demais membros da banda defenderam a decisão, na ocasião, e disseram que a saída de Anette nada teve a ver com doença ou gravidez, mas sim que sua personalidade não se encaixava com o grupo e isso estava tornando o clima prejudicial. 

Em tempo, Floor, que se tornou a vocalista principal no álbum seguinte, também engravidou em um período entre álbuns e nem por isso, teve a sua demissão decretada. Não se comentou mais nada sobre o que houve com Anette, ao contrário do que aconteceu com a saída da Tarja - onde houveram declarações e justificativas duras sobre o comportamento "diva" da cantora e como ela tentava manipular os rumos da banda à seu favor.
O Nightwish segue normalmente, desde então, com algumas mudanças no line-up, mas fortemente interessados em fazer boa música. Sobretudo pois, Tuomas é, de todo modo, "dono" da banda e é ele quem dá a cartada final.

Imaginaerum também foi o último álbum de estúdio com a participação do baterista de formação Jukka Nevalainen. Nesse caso, o seu afastamento foi amigável. Ele deixou o Nightwish em 2014 para tratar da insônia crônica da qual sofria. Enquanto isso, ele se ocupou do marketing da banda. 
O que era para ser temporário, acabou definitivo em 2019. Jukka está melhor, mas as turnês o desgastavam muito no âmbito físico e mental, e ele decidiu não voltar e arriscar que o problema voltasse, mantendo-se nos negócios da banda. 
Jukka foi substituído por Kai Hahto, que já gravou com Wintersun, e permanece contribuindo bem com os demais músicos.
Depois desse disco também, o britânico Troy Donockley tornou-se membro principal.

O disco recebeu disco de platina dupla, pois vendeu 50 mil cópias em um único dia na Finlândia e mais de 100 mil antes do fim de dezembro. O disco também fez um enorme sucesso na América do Norte e na Ásia. 
E foi, particularmente, o disco mais aguardado de minha parte e atendeu todas as minhas expectativas, tomando o posto de um dos três favoritos da banda. 

Viva o Nightwish e o Imaginaerum

Abraços afáveis e Musique-se!

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