30 anos de Vulgar Display of Power do Pantera (por Vander Romanini)

Olá, povo! Venho aqui mais uma vez, a pedido do Musique-se, escrever sobre um álbum. E esse álbum em questão é o Vulgar Display of Power do Pantera!

Álbum que foi lançado em fevereiro de 1992, portanto, há trinta anos! Foi como que uma afirmação ao som pesado e contagiante já muitíssimo bem executado no álbum anterior (Cowboys From Hell de 1990).

Se lá, eles estavam numa, vamos dizer, fase de transição entre o Glam e o Metal, nesse eles fincaram o pé de vez no Metal!! E como se diz que “em time que tá ganhando não se mexe”, Vulgar meio que repete a parte “pesadona” do antecessor.

E que tal começar pela capa?? Sintetiza exatamente o que o álbum é: um belo soco bem dado na cara!!

Com músicas pesadas, ora bem rápidas, ora bem cadenciadas, o quarteto texano se faz valer suas técnicas instrumentais em alto nível!! Esse “disco” trintão envelheceu muito bem, obrigado!!

Quando ouvi Fucking Hostile no rádio pela primeira vez, fui impactado de tal forma, que tive que arrumar uma graninha pra comprar o álbum!! Gente, e que álbum!!

Vamos as faixas:

Mouth For War: primeiro petardo sonoro! Com uma sintonia entre os músicos absurda, as “cavalgadas” estão tão bem executadas que parecem uma coisa só! A “quebrada” de som para o solo prepara a música para seu “Sprint” final. E que final! Rápida e rasteira!

 

A New Level: dura exatamente o mesmo tempo que a anterior. Começa com uma cadência muito interessante, que é usada também em seu refrão, onde precede de uma levada muito característica. Diferentona, mas não menos contagiante!!

Walk: Cadenciada, ela mostra muito a escola “jazz” dos irmãos Dimmebag Darrell e Vinnie Paul. Phill Anselmo mostra que sua voz é bem forte e Rex Brown executa a base do solo muitíssimo bem tecnicamente. Ela toda segue uma linha rítmica uniforme. Bem interessante e bacana!

 

Fucking Hostile: ONE, TWO, THREE, FOUR... Povo… que porrada na cara!! Exatamente como a capa do álbum! Rápida, rasteira e sem firulas!!! Parece até que a banda está rolando morro a baixo!! Que tijolada! É a favorita desse que vos escreve.

This Love: é a Cemitery Gates desse álbum. Segue a mesma fórmula. Meio balada, meio pesada, guitarra “limpa”, guitarra destorcida, bateria sem muita frescura, Rex e Phil fazendo seus papéis muito bem. Final preparatório para a cacetada que vem a seguir.

 

Rise: gente, como ela começa a todo vapor!! Rápida no começo, cadenciada nos vocais e volta a ser rápida no refrão! Contagiante, ela funciona espetacularmente ao vivo. Dá vontade de sair debatendo pela casa!!

No Good (Attack The Radical): faixa onde Phil Anselmo mostra várias “facetas” de sua voz. O instrumental, executado maravilhosamente bem, dá o tempero na medida exata para ela ficar sensacional!! 

Live In A Hole: ela tem uma levada meio diferente que se encaixa muito bem. Dimmebag abusa dos efeitos de sua guitarra. Eles fazem o que é a tônica do álbum, música num ritmo e solo em outro, mas que fazem todo o sentido.

Regular People (Conceit): defino ela como um grande quebra cabeça com as peças muito bem encaixadas entre si. Não há um padrão, mas muito divertida de ser ouvir!!

By Demons Be Driven: tem o padrão da faixa anterior, mas mais “metalzona”. Ela é meio “retona”, mas não menos legal. Como é parecida com a anterior, ela não te surpreende tanto, então você sabe meio o que esperar dela.

 

Hollow: é o restinho que faltava da fase glam deles!! E quer saber? É muito, mas muito boa!! É “bonitinha” até a metade... daí até o final, ela fica “ordinária” (desculpem, mas não resisti ao trocadilho! HEHEHEHE) Belo desfecho para o álbum!!

É um disco que foi lançado numa época em que a cena estava se alavancando novamente! Sepultura, Ozzy, Motorhead, Megadeth e tantos outros também lançaram ótimos álbuns nessa época! O bolso desse pobre escriba sofreu...

Para ter uma noção, esse álbum teve seus clipes e seus áudios bastante executados nas rádios do seguimento e na finada MTV!

Pois é... lá se vão 30 anos!! E ainda continuo ouvindo Vulgar Display of Power regularmente ao longo desses anos e ele ainda tem aquela aura jovial e rebelde que os loucos anos 90 proporcionou!

Abraços e até um dia!

Vander Romanini ébaixista da banda autoral Valfúria, de São Paulo, capital. 


 


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