Independentes: 3 lançamentos para quem gosta de música pesada

Três lançamentos para quem curte música pesada nacional e independente que vão do hardcore ao industrial. 


O primeiro é o Nothing in Between, com seu disco homônimo
Banda formada em 2015 abriga músicos experientes no underground vindos de bandas como Children of the Gaia, Deeper Than That e Heartbeat e outros.

Nothng in Between - foto: Ste Matta

Os caras tem como influências o cenário hardcore da Flórida dos anos 90, o que quer dizer que aliam peso, velocidade e linhas melódicas acessíveis.
Contando com Marcel Gallo e Gabriel Bueno nas guitarras, Giuliano Rosa nos vocais, Jean Novaes na bateria e Felipe Biscaro no baixo, estão lançando finalmente seu primeiro disco cheio.
Como curiosidade, o cantor Giuliano Rosa também é baixista da banda Metade de Mim (que lançou um EP muito bom já comentado aqui no Musique-se)

O álbum foi gravado na cidade paulista de Piracicaba entre 2017 e 2020 e tem dez faixas produzidas por Greg Thomas  e  Chris Teti, ambos experientes músicos do hardcore e metalcore norte americano, e foi masterizado nos estúdios Azimuth Mastering por outro nome influente da cena da Flórida, Bill Henderson.
Os destaques ficam por conta faixa de abertura, a enérgica “Cold Blue Light” e dos dois singles que precederam o disco: “Counting Fractions” e “Restrain the Weakeness” e “In My Own Hell (My Light)”
Outro destaque do disco é a bela capa com uma pintura à óleo do artista J. Martins.

crédito: J Martins
Ouça o disco aqui => Nothing In Between

Outra estreia em disco, só que aqui com um EP, é a do Bare Knuckle.
We Used To Bloom (via Artico Music) mescla elementos que vão do hardcore, metal, música eletrônica e até da subestimada cena shoegazer.

Bare Knucle - foto: Tita (@titamartinsc)

O resultado são quatro faixas pesadonas que falam sobre experiências pessoais e os males da vida moderna: depressão, ansiedade, toc´s...
Formado por Alexandre Conchon (voz), André Conchon (bateria), Leonardo Brahemcha (baixo), Luiz Imbiriba (teclados e programações), Roberto Freddi e Vinícius Boneberg (guitarras) em 2019 na cidade de São Paulo, a banda havia lançado o single “Hummingbird” (incluso no EP), mas buscou para as composições seguintes uma nova dinâmica e conseguiu evoluir bem indo em direções diversas.)
Basta uma ouvida em “Opia”, canção que fecha o EP e sentir os ecos dos Cocteau Twins e até do pouco ouvido por aqui Soul Blind.
O disco foi produzido por Pedro Henrique Venturini e tem capa com arte de Maria Dêmonia.


Ouça o disco aqui => We Used To Bloom


O último desta lista é "Painfull Automation", terceiro single do projeto criado pelo artista gráfico Banca e que leva o nome de Elder Machina.

crédito: @banca.art

Pesado e climático, o som calcado no industrial soa como um pesadelo onde maquinas e robôs dão as cartas.
Banca faz tudo sozinho: compõe, grava, produz, toca a guitarra, programa a percussão (que em certos momentos soa assustadora) e ainda faz a arte da capa.

Banca em ação - foto: divulgação

Aliás, este é outro talento do Banca que já produziu imagens para ilustrar trabalhos de outros nomes do underground como Allen Key e Venomous.
Se a ideia era ter uma trilha para o apocalipse das maquinas, Elder Machina saiu na frente.O single chega às plataformas de streaming via Canil Records.



Comentários