Tocar e gravar é mesmo um vício.
É a única forma de explicar o porquê após cinquenta e um
anos o MC5, um dos pioneiros do som de Detroit e da cena proto punk volte a
apresentar um disco com canções inéditas.
O álbum ainda sem nome apresentará nove canções inéditas e
além de Kramer o único outro membro da formação original ainda vivo é o
baterista Denis Thompson, que aos 73 anos vai tocar em duas faixas.
Acompanham Kramer nesta encarnação do MC5 o cantor Brad Brooks, o baterista
Stephen Perkins do Jane's Addiction, a multi instrumentista Vicki Randle no
baixo e o guitarrista Stevie Salas que tocou com David Bowie.
“Acabamos de sobreviver a quatro anos catastróficos de
uma presidência fracassada e uma pandemia devastadora.” - disse Kramer e completou - “Brad e eu
começamos a escrever novas músicas com o propósito expresso de lutar contra a
crueldade de tudo isso.”
Uma prévia do disco novo é “Heavy Lifting”, (uma pequena prévia no fim da página) parceria com outro monstro do
rock de protesto Tom Morelo, Don Was, Brad Brooks e Abe Laboriel Jr., baterista
que já pintou no Brasil integrando a banda de Paul McCartney.
No álbum, que está sendo produzido por Bob Ezrin, também há
colaborações de Kesha, Alejandro Escovedo, Jill Sobule e Tim McIlrath, do Rise
Against.
Após o lançamento, Kramer e banda devem fazer oito shows entre 5 e 15 de maio
pelos Estados Unidos.
Os versos da canção de abertura “Ramblin Rose” chamam à reflexão: “Vocês serão o problema ou a solução”, porém logo na segunda faixa o grito de kicking out the jams, motherfucker, coloca fogo no parquinho e o que se segue é um massacre sônico ouvido pouquíssimas vezes antes.
Wayne Kramer ainda disse: “Nas turnês sem parar, especialmente na última década, entendi que a música do MC5 é mais necessária do que nunca.”
E talvez ele tenha razão.
Bora chutar umas bundas...
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