Moonage Daydream, novo filme sobre David Bowie estreia em Cannes

David Bowie está mais ativo do que nunca.
Depois da publicação de um disco com músicas inéditas gravadas em 2001 – Toy (2021) – e alguns discos ao vivo vem aí um novo produto sobre o camaleão.
Trata-se de Moonage Daydream, escrito, produzido e dirigido por Brett Morgan (Kurt Cobain: Montage of Heck), um novo filme histórico sobre Bowie que terá sua premiere no festival de Cannes 2022.

crédito: Neon 

Segundo a publicação Variety, o filme não se encaixa como documentário e ainda menos em biografia, mas sim uma experiência cinematográfica imersiva construída, em parte, sobre milhares de horas de material inédito, incluindo imagens de shows, ensaios e também explorando a arte de Bowie fora da música, incluindo dança, pintura, escultura, colagem de vídeo e áudio, roteiro, atuação e teatro ao vivo.
O produtor musical é Tony Visconti, que trabalhou com Bowie desde sua estreia até Black Star (2016), seu último álbum em vida, fosse na produção ou tocando nos discos.
Moonage Daydream apresentará filmagens em 35 e 16mm inéditas e oficiais já que o filme tem a chancela dos curadores do espólio de David Bowie que cederam acesso aos arquivos pessoais do músico.
De acordo com a distribuidora Neon, o filme levou cinco anos para ser completado e deve estrear na HBO Max na primavera de 2023.
foto: Mick Rock

Se é que alguém não se lembra, Moonage Daydream é o título de uma das canções de The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spiders From Mars, quinto álbum de David Bowie lançado em 1972 e que apresenta o personagem central Ziggy Stardust como um invasor espacial que quer salvar o mundo se transformando em uma: “rock and roll bitch.”
Além de ser um dos mais celebrados de Bowie, o disco foi fundamental no enraizamento de aspectos artísticos criados por Bowie na divulgação do álbum e que são responsáveis por muito do conceito artístico bizarro que se tornou comum hoje em dia, inclusive nas obras de nomes como Lady Gaga.

Ainda sobre Bowie, os direitos globais de publicação de suas músicas foram adquiridos pela Warner Chappell Music por módicos duzentos e cinquenta milhões de dólares.
O catálogo abrange seis décadas de produção de Bowie e tem mais de quatrocentas músicas.
Ou seja, ainda vamos ouvir (e ver) muito Bowie nos próximos anos.


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