As 10 músicas mais pesadas do Pink Floyd segundo a UCR e as nossas

E a Ultimate Classic Rock resolveu fazer um rank com asmúsicas mais pesadas do... Pink Floyd.
É amigo... O mesmo Pink Floyd - que uma produtora de música sertaneja por estes dias chamou de “rock de doidão” - tem músicas pesadas sim. Embora não do jeito que você está pensando aí... Ninguém disse que os caras fizeram música como o, sei lá... Black Sabbath, mas tem peso sim.
Vamos à listinha da UCR, mas com os comentários da gente mesmo (que o Groo tava com preguiça de traduzir) e depois umas que achamos que ficaram de fora.


10 – Money (The Dark Side of the Moon, 1973)
É um blues rock, não tem como negar que tem peso, tem um certo swing (agradeça à linha de baixo) e sim... é pesadona.

9 – Have a Cigar (Wish You Were Here, 1975)
Ok, tem um peso arrastado, quase heavy com uma letra (ai sim, pesada) sobre a indústria do disco da época. Na gravação original nem Gilmour e nem Waters quiseram cantar porque achavam que suas vozes não davam o tom sarcástico necessário. Besteira, tem uma caixa comemorativa do Wish You... que tem a versão com suas vozes. É ducacete.

8 - When You're In (Obscured by Clouds, 1972)
Riffão, zumbidos, bateria barulhenta… psicodelia pós Syd Barret e pré Dark Side.
Se não conhece, corrige essa falha aí.

7 – Pigs (Three Diferent Ones) (Animals, 1977)
Não chega a ser um hard rock, mas tem lá sua velocidade diferenciada na obra dos caras.
A guitarra do Gilmour carrega a faixa toda nesta canção sobre hipocrisia.

6 – In the Flesh (The Wall. 1979)
A faixa de abertura (e não a reprise quase no fim) do disco dos tijolinhos é um hard rock de verdade.
A guitarra é rascante, seca e pesadona. A levada da bateria é quase marcial.
Único senão: o instrumental para quando entra a voz.
No show em que Waters apresentou The Wall onde ficava o muro de Berlin, quem tocou essa canção foram os Scorpions só pra ter uma ideia.

5 – One of These Days – (Meddle, 1971)
Dois baixões galopantes, uma slide guitar cortante e uma única frase maníaca no Middle eight (“One of these days, I'm going to cut you into little pieces”) e uma tempestade de pancadas vai até o fim da faixa. Já vi gente que se diz macabra ficando todo borrado quando ouve isso no talo. E no escuro...

4 – Carefull with that axe, Eugene – (single 1968, Ummagumma 1969, Relics 1971)
Engana… Uma musiquinha assim assim… vai tocando devagar, vai subindo o volume e ai um grito pavoroso vindo das profundas de uma garganta aparentemente assombrada por demônios internos e... acaba ai. A música volta ao negócio que era antes do grito.
A versão do Ummagumma é mais pesadona e é ao vivo.

3 – Not Now John – (The Final Cut, 1983)
Dá pra arriscar e dizer que é a única música legal mesmo desse disco deprimido e deprimente.
É a única onde a guitarra do Gilmour manda ver.
Essa sim, um hard rock dos bão.

2 – The Nile Song (More, 1969)
Provavelmente é uma das mais pesadas da banda.
Não chega a ser um heavy metal, mas dá a entender que tentaram. Virtuosismo instrumental nunca foi a deles...
Guitarras distorcidas, bateria esporrenta e Waters gritando (mesmo) uma letra simplória.
Vale lembrar que parte das canções deste disco eram a trilha sonora de um filme do mesmo nome.

1 – Young Lust (The Wall, 1979)
É realmente pesada. E é um funk…
Nada demais se a gente pensar que Gilmour queria emular a guitarrinha safada dos clássicos de James Brown em “Another Brick in The Wall”.
Mas aqui, a letra é mais pesada que a música.

 O que ficou de fora?

The Dogs of War – (A Momentary Lapse of Reason, 1987)
Essa é pesadona mesmo!
Os teclados é que fazem as vezes do que seria a guitarra neste hard rock.
O solo de Gilmour é fantástico, sim é o duelo da guitarra com o saxofone (mais nítido na versão do Delicated Sound of Thunder) lembram os duelos de algumas canções de bandas de heavy metal tradicional.


Echoes (Meddle, 1971)
Se você não acha Echoes pesada, reveja seus conceitos.
Sem contar a seção no meio que é arrepiante.
Tanto que Chesperito usou essa parte pra ilustrar uma cena de terror no seu seriado Chaves.
E a gente não tá brincando.


Time (The Dark Side of the Moon, 1973)
O que acontece depois que os relógios despertam é quase um heavy metal.
Mas não é.
O que não deixa de ser uma canção pesada. Sensação que se acentua quando começa a reprise de “Breathe” que entra na sequência.

Sorrow (A Momentary Lapse of Reason, 1987)
A impressão que dá ouvindo a guitarra que abre essa faixa é dela estar sendo tocada em lugar seco, um deserto de tão áspera que soa.
E o andamento a faz pesada. Nos shows a sensação era ainda mais incomoda e verdadeira.

Nervana – (The Endless River, 2014)
Pouco se fala nesta faixa já que o disco em si é só de sobras de estúdio e tem apenas uma canção completa, mas é uma porrada.
Guitarras hard rock, bateria barulhenta, baixão pontuando.
É a faixa que encerra o disco e o Pink Floyd.
O single novo não conta muito...

Summer 68 (Atom Heart Mother, 1970)
Essa não é pesada não... tá aqui só pra encher o saco mesmo...


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