Nova fábrica de discos de vinil promete 2 milhões de cópias por ano. Nos EUA...

O vinil está em alta e cada vez mais popular, mas não...
Não estamos falando do mercado fonográfico brasileiro.
Apesar de ser um item com boa procura por aqui, o disco de vinil no Brasil ainda é uma coisa de nicho, para colecionadores endinheirados e nostálgicos que adoram falar que “o som é melhor”.  Meu ovo. Mais bonito pode ser...
O preço do antigo bolação por aqui ainda é muito alto por ser fabricado muitas vezes fora do país com alto custo o que limita a produção a um número baixo de cópias.
E ainda por cima concorre com opções mais baratas (as vezes gratuitas) de distribuição de música.
E nem estamos falando dos cd´s que também costumam ser vendidos por preços muito inflacionados devido à baixa fabricação e procura.
Para se ter uma ideia, o último lançamento do Metallica em edição física por aqui - S&M II (2020) – foi lançado em cd “nacional” pela UM Store com pouco mais duas mil cópias e hoje, obviamente fora de catálogo, dificilmente é encontrado abaixo dos cento e cinquenta reais.
Lançamentos em vinil são encarados ainda como “edições especiais” e o preço raramente é menor que cem reais. Vinis usados tem o mercado regulamentado pelo estado de conservação, logo, o mesmo item pode ser encontrado por dezenas ou centenas de reais.

fabrica de vinil da Sony

Onde então disco de vinil está popular?
Nos EUA, claro...
Tanto que uma nova fábrica para produção e prensagem de discos de vinil está sendo aberta em Oxnard, Califórnia e pretende ser a principal instalação desse tipo na América.
Os responsáveis pela empreitada são Jim Davis, da empresa Music Direct, dona do selo de reedições Mobile Fidelity Sound Lab (MoFi) e os irmãos engenheiros Rick e Edward Hashimoto.
Com oito prensas Record Pressing Machines, a nova fábrica pretende prensar dois milhões de discos por ano e com foco em qualidade segundo Davis.
Esses números permitirão que os lançamentos vão além do jazz e do classic rock, principais estilos dos catálogos da MoFi.
A notícia deve deixar muito contente o dono do selo Third Man, Jack White, que vez por outra faz apelos às gravadoras para que estas abram suas próprias fábricas de vinil para, nas palavras dele: “-Acomodar a crescente demanda insana por produtos de vinil.”
Só para lembrar, a Third Man tem a sua própria.
Quem sabe estes ventos não soprem por aqui também? Não custa sonhar...

Comentários