Brian May surpreende ao escolher seu disco preferido do Queen

Brian May, guitarrista do Queen que recentemente lançou um single em homenagem ao telescópio espacial James Webb junto com Graham Gouldman, do 10cc, surpreendeu ao declarar qual seu disco preferido do Queen.
Membro fundador da banda ao lado de Roger Taylor, Brian obviamente tocou em todos os álbuns da banda.
Mais que isso, é um dos principais compositores do grupo. O que era uma tarefa difícil já que os quatro mostravam muito talento para a composição.

Freddie e Brian em Wembley, 1986

Em entrevista ao podcast Smooth Radio, o guitarrista comentou que seu trabalho preferido com a banda é um disco em que nem Freddie não estava presente fisicamente: Made In Heaven, disco de 1995.
Como todo mundo sabe, o disco contém as últimas faixas em que o vocalista trabalhou pessoalmente com a banda no estúdio (“Mother Love”, “A Winter´s Tale” e “You Don´t Fool Me”) e também é uma colcha de retalhos costuradas a partir de registros da voz de Mercury para outras gravações, solo e com outros artistas, sobre a música que a banda forneceu ou reescreveu.


Também conta com a última participação direta de John Deacon em um disco completo da banda. Despois disso, só apareceu publicamente em janeiro de 1997 quando o Queen forneceu a música para uma apresentação do Bejart Ballet e depois só se juntou aos companheiros para a gravação da faixa “No-one But You (Only the Good Die Young)" primeira faixa inédita após a morte de Freddie lançada na coletânea Queen Rocks em setembro daquele mesmo ano.
Brian explicou que gosta do disco porque foi um dos mais difíceis de fazer já que enfrentava junto com Roger Taylor uma espécie de negação sobre a banda como parte de seu processo de luto.
May conta que chegou até a adaptar a letra de “God” de John Lennon acrescentando o verso “I don´t believe in Queen”.
Encarou a produção e gravação de Made In Heaven como uma ferramenta para ajudar a superar este sentimento e funcionou.
Ao passar horas e horas trabalhando em pequenos trechos com o vocal do companheiro, por vezes se empolgava e virava-se para comentar com Freddie sobre a genialidade daqueles trechos e se dava conta de que ele não estava mais lá.
Segundo ele, o resultado final o encheu de orgulho e por conta disso é o seu preferido, mesmo tendo outros discos considerados melhores por público e crítica.
E disco é o que não falta no catálogo da banda: são 17 álbuns de estúdio, dez discos ao vivo, nove coletâneas e cinco caixas comemorativas contando com Freddie Mercury nos vocais.
Estima-se que o Queen tenha vendido algo em torno de 300 milhões de cópias de seus álbuns ao redor do mundo.

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