Vem ai o vinil verde

E não... não é da cor verde, embora possa vir a ser, mas ecológico.
Todo mundo sabe que o vinil teve uma queda brusca em sua produção após o surgimento do cd como mídia principal para gravação e comercialização de música no mundo.
Embora não tenha sido deixado totalmente de lado mundo a fora (aqui no Brasil se demonizou o treco a ponto de todas as fabricas pararem mesmo de fabricar o formato), o número de fábricas de discos de vinil foi reduzido drasticamente a ponto de, até os mais famosos nomes, serem instruídos a fazer os pedidos de prensagem de seus novos álbuns com quase um ano de antecedência.

Com o crescimento do consumo das bolachonas (seja por aficionados, nostálgicos ou hipsters), as fábricas voltaram a se interessar e procurar novas soluções para o produto e uma delas é a mudança na matéria de produção.
E a notícia é boa não só para entusiastas, mas também para ecologistas já que a atual é o cloreto de polivinila (PVC), que o mais prejudicial dos plásticos ao meio ambiente.
A nova ideia é usar polietileno tereftalato, que é menos nocivo e de fácil reciclagem.

Harm Theunisse, dono da Green Vinyl Records, da Holanda, disse que esse “novo padrão” usa apenas dez por cento da energia necessária empregada em processos antigos de fabricação e prensagem: “-É mais rápido e melhor para nosso planeta.” - disse ele à BBC.
Harm também contou que recebeu sugestões de prensar seus discos com plástico retirado do oceano: “Podemos tentar, e pode até parecer um disco, mas se vai soar e ter a qualidade de um disco normal, aí vai ser um problema. Manter a qualidade, como é agora e (como pode ser) com os discos do novo padrão, ainda é impossível.”.
A especialista em sustentabilidade Sharon George disse que a tecnologia de Theunisse é um passo na direção certa e reafirmou que os consumidores devem considerar as questões ambientais ao comprar músicas pensando no custo para o planeta e para a própria saúde.
Já o custo financeiro, bem... Esse provavelmente terá aumento já que as maquinas para impressão e prensagem com o novo padrão tem custos mais elevados de produção e manutenção. Ao menos por enquanto.

E se antecipando a parada toda, Jack White e sua gravadora, a Third Man Records anunciou que vai relançar o disco da banda de stoner Sleep, Dopesmoker originalmente lançado em 1999.
O que isso tem a ver com o restante do texto?
Bom... O material de prensagem do vinil é o “Weedian High Fi” e, se não é verde por ser exatamente ecológico, é verde por conter canabis, cânhamo, maconha em sua composição.
Mas a edição é limitada e quem quiser o disco baseado (ops!) em maconha tem que entrar na pré venda no site da gravadora que começa nesta sexta feira dia 26.
Não... Não dá pra acender o disco, ele empena e derrete.
E para os que não curtem jogar uma fumaça para o alto, a Third Man Records também vai disponibilizar a versão tradicional do bolachão na cor preta.