Der Baum lança disco dançante com vibe oitentista sem parecer datado

Depois de passar por algumas mudanças na sua formação, a banda Der Baum, formada em São Bernardo do Campo dá uma estabilizada com Fernanda Gamarano (guitarra e vocais), Ian Veiga (teclas e vocais) e Cesar Neves (bateria e vocais) e lança seu terceiro e mais interessante disco que na capa leva apenas o nome da banda.
Viabilizado pelo edital ProAc n.º 16/2021 - Música/ Gravação, iniciativa do Governo do Estado de São Paulo por meio de sua Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Der Baum, o disco, traz influências que vão do post punk, passando pela new wave e vai até o industrial em dez faixas originais e impregnadas da atitude do it yourself.


Composto e produzido total e somente por eles mesmos o disco gira em torno das dúvidas, frustrações e descobertas que a banda passou nos últimos tempos: “É uma viagem pelos próprios sentimentos” – conta Fernanda.
A gravação foi feita nos estúdios BTG com auxílio da engenheira de som Gabi Lima que já trabalhou, entre outros, com a Fresno e o Far From Alaska e masterização de Katia Dotto que conferiu uma atmosfera oitentista, mas sem soar datada ou demasiadamente robótica.
O disco soa orgânico do começo ao fim e as faixas soam, hora pop, hora indie, mas sempre bem dançantes e divertidas e suas letras passeiam pelo inglês e português com a mesma desenvoltura.
Logo de cara, a banda deixa bem claro que sua nova fase é carregada de sinceridade: “Eu não quero mais” já abre com a frase “Eu não quero mais fingir que eu sei o que devo fazer / Eu não quero mais mentir que eu sei o que vai acontecer”. – diz a letra mostrando que o que passou já era e eles querem saber é do futuro.

foto: Thais Silvestre

A batida dançante e descontraída completa de forma brilhante a mensagem mostrando um excelente cartão de visitas.
Também dançante, o single “Far Away” tem um “q” de Depeche Mode enquanto “Party” junta Devo e B52 na mesma festa.
Um dos destaques do disco é a canção “Dreamers in the Night” que ganhou videoclipe editado pela Rozalin Films e gravado nas dependências da Universidade Methodista de São Bernardo do Campo.
A predileta da casa ficou com “Phoenix”, um indie rock barulhento com voz angelical e um refrão perfeito para cantar junto enquanto se pula na frente do palco.
O disco vai ganhar um lançamento oficial no dia 7 de outubro, uma sexta feira no palco do Sesc Avenida Paulista que tem capacidade para 150 pessoas e fica no número 119 da avenida mais famosa da capital paulistana.
A apresentação começa às 19h30 e os ingressos custam R$30 reais limitados a dois por pessoa.

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