Música perdida dos Doors é finalmente lançada e levanta questões importantes

O The Doors vai, finalmente, lançar algo que já pertence ao folclore do grupo e é há muito esperado em versão oficial.
Trata-se de um título que já há algum tempo transita no imaginário dos fãs da banda de Jim Morrison, Rob Krieger, Ray Manzarek e John Densmore: “Paris Blues”.


Trata-se de uma faixa inédita gravada em estúdio que é considerada a última inédita com Morrison entre eles.
Sua história é uma pequena epopeia.
Gravado provavelmente durante as sessões para LA Woman de 1971, teve sua master perdida e uma única cópia estava em poder do tecladista. Porém, o cara deixou a fita dentro de um gravador e seu filho Pablo, ainda criança, apertou o botão rec e apagou alguns trechos da gravação sobrepondo sua voz e alguns barulhos.
Resgatada por alguns engenheiros de som, a faixa irá fazer parte do vinil de mesmo nome a ser lançado no próximo Record Store Day no dia 25 de novembro.
Se você é fã, um aviso: não se empolgue. Nem os membros da banda deram tanta importância assim à gravação.
Rob Krieger chegou a dizer que a música não era boa o suficiente para entrar no álbum à época, mesmo com a tal “edição criativa” feita pelos técnicos em estúdio limpando, literalmente, a baba de Pablo, continua não sendo grande coisa.
“Há uma razão pela qual ela foi considerada um outtake, e há uma razão pela qual nunca ficamos muito preocupados com o desaparecimento das masters. Pablo provavelmente estava tentando fazer um favor a todos nós." – disse.
O lançamento, além da já citada, também contará com mais dois outtakes: "(You Need Meat) Don't Go No Further" e "I'm Your Doctor", ambos sobra de The Soft Parede (1969) e que apresentam Manzarek nos vocais, sem a presença de Jim.
Completa o lado A, uma versão de “Me and Devil Blues” de Robert Johnson que não entrou no disco Morrison Hotel de 1970.
O lado B, um pouco mais interessante traz uma apresentação de 6 de junho de 1970 em Vancouver no Canadá em que o guitarrista Albert King se junta à banda no palco para tocar três de seus clássicos.


Esse lançamento também traz à tona duas questões importantes para músicos e fãs em geral.
Até onde é interessante ao legado do artista a divulgação de trabalhos em que nem eles estavam contentes ou satisfeitos com o resultado?
E alguém ainda tem paciência para The Doors?

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