Independentes - Dois ótimos ep´s para conhecer: Labrador e Escolta

 

Theo Ladany é carioca e faz parte das bandas Um Quarto ¼, Antiética e Ventilador de Teto, em que o some o estilo remetem ao punk pop/rock alternativo do início dos anos 2000 que o pessoal convencionou por aqui a chamar de emo.

foto: Ester Fonseca

Disposto a experimentar com outros estilos em suas composições, Theo criou o projeto chamado Labrador, que tem o espirito e a essência punk, mas embebido na brasilidade das suas referências que incluem João Gilberto e Cartola.
O pontapé inicial do projeto se deu em 2018 quando Ladany lançou o single duplo “Uma Canção Simples / Luzes”  apenas com voz e violões.
Em 2021 soltou o single “Um Devaneio no Centro do Rio de Janeiro” em que seu rock flertava com a bossa nova, o que  abriu caminho para esse EP Canções Simples que a Labrador está lançando agora.

São três faixas reunindo as duas canções do primeiro single e uma nova.
“Luzes” e “Canção Simples” ressurgem mais dinâmicas que em seu lançamento original com Leo Alves tocando a bateria e Riqui Alves no baixo e criando um som de banda completa.
“Boy”, a inédita do disco, é uma bossa nova elétrica e mais barulhenta onde a voz e guitarra de Theo tem a companhia de baixo, piano, teclados e bateria todos tocados Riqui Alves.
O projeto que foi pensado para abrigar composições que não cabiam em seus outros trabalhos acaba que ganha uma cara e uma personalidade própria muito interessantes, vale o play e uma ouvida com atenção.

Escolta é uma banda de Nu Metal que vem do DF e está na atividade desde 2017 quando estreou com o single “Refém da Verdade”.
De lá pra cá, a banda lançou um álbum completo – Efeito Moral, de 2018 – e passou por uma mudança de seus integrantes.
Contando agora com Agga Guimarães (voz), Pedro Uchida (bateria), Izzy Bizzy (guitarra) e a entrada de Cookie que substitui João Lucas no (baixo) e Vinni adicionando uma segunda guitarra, a banda está disponibilizando o primeiro EP com as composições desta nova formação.

fonte da foto: facebook
Ser Fenix tem oito faixas produzidas pela banda junto com Ricardo Ponte, que já trabalhou, entre outros com Dona Cislene e o Scalene e segundo a banda soa bem mais maduro que o trabalho de 2018.
Agga vai rimando sobre as injustiças sociais de forma irada enquanto a banda detona um som denso, pesado, mas ainda assim cheio de groove engrossado por sintetizadores e alguns beats eletrônicos.
O disco tem a participação de Pedro Gontijo, vocalista da banda Imortal Joe na faixa “Afronta”, uma das mais pesadas do disco e que também ganhou um clipe.

Outros bons destaques são a faixa de abertura “O Indomável (click clack clack boom)” que tem refrão grudento e explosivo, perfeito pra gritar junto com o vocalista nos shows e a cadenciada “Panamera” em que Agga emenda as rimas parecendo nem respirar enquanto a percussão trava uma disputa com as guitarras pra ver quem é mais pesado e deixando a gente curioso pra saber como isso vai soar ao vivo.
O ep tem distribuição da Ditto e está disponível em todas as plataformas.

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