Council Skies: o melhor material de Noel Gallagher e que não deve nada a sua antiga banda

Noel disse ano passado durante uma apresentação em Glastonbury que ia tocar algumas canções as quais o público presente não ia dar a mínima e completou: “-São para mim mesmo, mas, se vocês ficarem por aí, depois disso garanto que muita gente ficará bem feliz.”.
E então, um dos brigões do Oasis emendou uma sequencia com algumas canções do que viria a ser Council Skies, o mais novo álbum de Noel Gallagher e seus High Flying Birds.
Não que os trabalhos anteriores de Noel com os High Flying sejam ruins, longe disso.
Terem chegado ao posto mais alto das paradas do Reino Unido é uma prova disso, apesar de que alguns dirão que é mais pelo nome e fama que amealhou com sua antiga banda.
Pode ser... Mas se deixar a má vontade de lado e realmente ouvir os trabalhos, vai perceber que são realmente bem legais.


E esse novo então, não deve nada aos melhores trabalhos do Oasis com a vantagem de soar maduro. E dá de lavada, bem longe dos arroubos meio adolescente abrutalhado e irregulares dos últimos discos de sua banda original.
Dá pra dizer que o álbum reúne os melhores trabalhos de Noel Gallagher sem arriscar ser trolado pelos fãs ou detratores: Council Skies é um discaço do começo ao fim.
É difícil destacar algo de um trabalho tão coeso e homogêneo, mas salta aos ouvidos a beleza etérea de “Pretty Boy” em que Johny Marr dá o ar de sua graça (e guitarra); a delicadeza embalada por cordas de “Dead to the World”; a ambiciosamente pop “Open the Door, See What You Find”.
O disco ainda tem uma das baladas mais lindas dos últimos tempos: “Easy Now” aquece o coração à primeira ouvida.
Até onde este disco vai galgar o coração dos fãs (e de quem ouvir) não se sabe, mas as canções tem potencial ficar pau a pau facilmente com os cavalos de batalha que todo mundo quer ouvir nos shows e nunca mais serem “as músicas que ninguém dá a mínima”.
O disco de britpop do ano.
Ah, mas tem o lançamento do Blur...
Então, nas palavras do próprio Noel: “-Foda-se o Blur.”.

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