Antes do Gigaton, nossos hot 3 do Peal Jam

Às vésperas de lançar Gigaton, seu novo e esperadíssimo disco de inéditas após um hiato de sete anos o Pearl Jam está com tudo.
Além do primeiro single, “Dance of the Clairvoyants”  que alcançou bons resultados nas paradas alternativa (27) e de rock (24) ambas da Bilboard e teve dois clipes lançados no Youtube com milhares de visualições, a banda também teve um trecho de uma canção nova, “River Cross”, tocando em um comercial da TV americana durante o Superbowl, evento anual mais visto do planeta.
Isso tudo logo após ter alcançado a marca de dois bilhões de streams no spotfy...


Mas enquanto Gigaton não chega, que tal uma listinha com os três melhores discos da banda escolhidos pelo Musique-se?
Claro que trata-se de uma lista pessoal de duas pessoas com gostos e direcionamentos musicais por vezes distintos, qualquer reclamação, fique com ela, a gente não se importa muito.
Bora?

Ron Groo:
Pode parecer saudosista, mas após o lançamento de Yeld (1998), perdi um pouco o interesse nos discos cheios da banda.
Algumas canções como “Off the Girl”, “Yellow Leadbeter”, “Save You” e “Comatose” me agradaram muito, mas não a ponto de achar os discos lá grande coisa.
A nova, “Dance of the Clairvoyants” é tão diferente, tão Talking Head que me despertou o interesse pelo disco novo quase que no ato... Então, meus três preferidos acabam sendo da fase inicial da banda.

Vitology (1994)
É meu terceiro lugar... O disco é forte, tem músicas fantásticas e um projeto gráfico maravilhoso.
Mas acho um tantinho longo demais... “Better Man”, “Corduroy” e principalmente “Not For You” são minhas preferidas.

No Code (1996)
O disco não é muito bem conceituado na opinião do povo não... Mas eu gosto.
O disco é cheio de experimentações, mas tem um forte apelo acústico também.
Acho que é porque eles tiveram uma influência bem grande do Neil Young com quem eles estavam trabalhando um tempo antes.
“Off He Goes”, “Mankind” a viajandona “Who you are”... “Lukin” é emocionante.

Yeld (1998)
Outro que é meio que subestimado... Mas a sequência que vai de  “Brain of J” até “Do the Evolution” é de tirar o folego.
O clipe de “Do the Evolution” também é do cacete, mas não tá no disco né?
É meu preferido, sem dúvida e quando “All Those Yesterdays” acaba, a vontade natural é de dar play de novo.

Não é que eu não goste dos dois primeiros... Vs (1993) e principalmente o Ten (1991) tem um hype muito forte... Do primeiro, que comprei em vinil, ouço o lado A de boa, mas não consigo gostar do que seria o lado B.
Me julguem.

Manú:
Escolher três álbuns de uma das bandas que vi ao vivo poderia ser custoso. Mas esse é o ponto ápice de montar uma lista: o desafio de escolher e ficar na dúvida.
Recordar meus três favoritos do Pearl Jam, por estarem de volta com Gigaton. Será que esse novo álbum tomará uma das nossas escolhas do Top 3?
A conferir.

3) O décimo álbum de estúdio, lançado em 2013 tem um aspecto especial: foi com a turnê de divulgação do Lightning Bolt que tive oportunidade de vê-los ao vivo. A tour passou pelo Brasil em 2015 e lá fui eu, minhas irmãs e um amigo para São Paulo para ficarmos entusiasmados no Estádio do Morumbi.


O disco em si, começa com "Getaway" escolha certeira para uma abertura do disco. "Mind Your Manners" é a segunda canção, mas o primeiro single lançado. Com uma sonoridade que começa quase diferente, em poucos segundos já te leva a um característico e rápido som do quinteto.
"Sirens" é uma das músicas mais bonitas do grupo. Uma balada ótima que relaxa o ouvinte. A faixa título está logo em seguida e é festiva. Funciona perfeitamente ao vivo.
Lightning Bolt  tornou-se – não só pela experiência do show – um dos meus discos favoritos da carreira deles. Moderno sem ser exagerado ou chato, diferenciado sem ter perdido a personalidade – como parece indicar o próximo: Gigaton.


Correndo o risco de parecer óbvia demais, não consegui fugir do clichê. Meu pensamento ocorreu com o nome de 3 discos, rapidamente. O segundo disco favorito é também o segundo álbum de estúdio Vs de 1993. 

Marcava começo de carreira, consolidados como um grupo importante na cena do “grunge”, embora não se limitassem ao gênero.
Abrindo com a “quebra tudo” com uma linha de baixo incrível, "Go" é uma das músicas que mais gosto, estando numa lista de top 10 da banda, sem dúvidas.
Do álbum também destaco a climática "Animal", a acústica "Daughter" e a intensa "Leash". A balada-hino "Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town", apesar de parecer simplória, representa para mim uma maturidade grande dos músicos, ainda se considerarmos que eram para serem “verdinhos” no (apenas) segundo disco da carreira.

Já avisei que viria com óbvias escolhas. Então, meu favoritão é possivelmente, a escolha da maioria: Ten de 1991 é um álbum que reverti minhas economias para adquiri-lo. 


Está entre os discos que precisava ter, mesmo que conhecesse todas as músicas de cor. Por ser um álbum de estréia, é surpreendente o quão denso e maduro é. O mais lógico seria (fazendo um trocadilho com o título) que este fosse o disco de 10 anos de carreira da banda. Todas as músicas, desde a abertura com "Once", até a décima primeira canção – "Release" – são clássicos da banda.
"Once" foi comentada aqui como uma das melhores aberturas de disco que já ouvi. E ela abre nada mais do que a seqüência mais conhecida do Pearl Jam: "Even Flow", "Alive", "Why Go", "Black", "Jeremy", "Oceans" (outra que é uma das minhas top 10) e "Porch".
"Why Go" é entusiasmada.  "Even Flow", "Alive", "Black" e "Jeremy" tornaram-se reconhecidas onde quer que se vá. "Oceans" é de uma beleza simples tocante e "Porch" mostra muito do “selo Pearl Jam de qualidade musical”. "Garden", "Deep" e "Release", as três faixas finais, não deixam a dever em nada com as demais. A última, apesar de longa, te convida a voltar na faixa 1 e reviver toda a experiência da audição. Ten é top 1 – clichê - mas verdadeiro.

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