Hot 5 - Sexta-Feira 13

Nessa sexta-feira 13, com diversos eventos sendo cancelados e suspensos por conta do Coronavírus, quase nem "demos asa" para a data de hoje, uma sexta-feira 13. 
A data, considerada "maligna" que alguns acham ser um dia de mau agouro, impregnado de azar, infortúnio e etc. não passa de uma crendice, coisa de gente supersticiosa. 
As "explicações" para todo esse medo varia de cultura para cultura, mas a mais comum é relacionada à religião cristã: Jesus Cristo foi perseguido e antes de ser crucificado, numa sexta-feira, ele celebrou uma ceia que contava com ele mais 12 apóstolos - daí o número 13 ser fonte de má sorte.

Outros indícios históricos remontam outros momentos pós Cristo, mas ainda assim com um pé na religião. Uma delas remonta a consolidação do poder monárquico na França, especificamente quando o rei Felipe IV - que sentia-se ameaçado pelo poder e influência exercidos pela Igreja dentro de seu país - tentou  contornar a situação, se filiando à prestigiada ordem religiosa dos Cavaleiros Templários. Estes, por sua vez, recusaram a entrada do monarca na corporação. Enfurecido, consta nos relatos da época que ele teria ordenado a perseguição dos templários numa sexta-feira 13, em outubro de 1307.

A maldição da sexta-feira 13 também pode ter relação com o processo de cristianização dos povos bárbaros que invadiram a Europa no início do período medieval. Antes de se converterem à fé cristã, os escandinavos eram politeístas, acreditavam em Odin, Thor e tinham grande estima por Frigga (não confundir com Freya), a deusa do amor e da beleza. Com o processo de conversão, passaram a amaldiçoá-la e tratá-la como bruxa que, na crendice, toda sexta-feira se reunia com outras onze feiticeiras e o "diabo" para rogar pragas contra a humanidade.

Aproveitando então, contamos que existe outra história de origem nórdica sobre um grande banquete que Odin realizou. Nele, o deus se reuniu com outras 12 divindades. Ofendido por não ter sido convidado, Loki, o deus da trapaça, foi à reunião e promoveu uma enorme confusão que resultou na morte de Balder, o mais belo dos deuses. Daí o mito de que um encontro com treze pessoas sempre terminar mal.

Esse imaginário foi todo reforçado, graças aos cinemas: os filmes de terror protagonizada por Jason Voorhees ambienta a história de um serial killer que ataca nessa mesma data.

Aqui, vamos ser mais musicais. Vamos alimentar os ouvidos com 5 músicas de arrepiar, mas que são tão boas que dá para se animar e escolher ser sexta-feira 13, todos os dias.


No quesito de ser assustador, poucas bandas se comparam ao Mercyful Fate. Os dinamarqueses  liderados pelo King Diamond sempre teve obscuridade e letras que se referem a espíritos malignos. Por isso, aqui vai Evil para abrir o hot 5:



Fala-se em sexta-feira 13, fala-se em demônio e também em bruxas - embora estas já tivessem seu dia em outubro. Mas, em termos de data, não dá para sacar outra coisa sem não, Black Sabbath. O nome da banda é sugestivo, se encontrava com eles desde os primórdios um visual e som sombrios, cruzes invertidas no palco e toda uma áurea satanística que metia medo em todos os conservadores de plantão.
Em 2020, precisamente no dia 13 de fevereiro, o disco debut da banda completou 50 anos de existência. Clássico é clássico! Sem escapatória:


Nada mais justo pensarmos logo em seguida em bandas de metal extremo. E uma das maiores do estilo é, sem dúvidas, o Venon. Uma imagem com um pentagrama e um desenho de um bode no centro dele está no imaginário da cena, inclusive ostentada pelos fãs em camisetas.
Para essa lista então, Welcome to Hell do álbum homônimo de estreia do trio Cronos, Mantas e Abaddon, lá em 1981.


Em termos de imagem, muitas bandas são assustadoras em suas apresentações. Os americanos do Slipknot optaram por máscaras horrendas "desumanizando" suas personalidades. Antes do artefato, o "corpse paint" tornou-se prática corriqueira em muitas bandas de Black Metal. A maquiagem de cadáver, foi iniciado na cena pelo já mencionado King Diamond, que por sua vez se inspirou no grande Alice Cooper. Este sempre soube fazer uma apresentação bombástica de suas canções.
Em I Love The Dead, ele promove a própria decapitação, com direito à cabeça sendo exibida para a platéia e tudo:



Mencionamos Jason e sabemos que terror é ponto alto em músicas de rock pesado. Serial killers também é temática dos filmes Sexta-Feira 13. 
E por falar em serial Killers a figura de Marilyn Manson vem imediatamente à mente. O seu visual e usando o sobrenome de Charles Manson seria definido facilmente como bizarro. Mas poucos talvez se lembrem dos alemães do Rammstein para esse termo. 
Os caras possuem uma videografia muitas vezes, chocante, e nos shows faziam e fazem de tudo que causaria agonia e estranheza, sem pudor - desde insinuações sexuais até uma simulação do "cozimento" do tecladista e o vocalista agindo como açougueiro. Bizarro? Pois aconteceu uma história real na Alemanha e a música e o vídeo oficial são inspirados no fato: Armin Meiwes, um canibal comeu o pênis de outro homem e que depois o assassinou - com o consentimento do mesmo.
Abaixo o vídeo de Mein Teil (em português "meu pedaço") e clicando aqui poderão assistir uma apresentação da música em um show de 2019.


A música é boa, mas os caras passam da conta na bizarrice. Por isso, melhor fecharmos por aqui rsrsrsrs...

Compartilhem conosco as músicas de sexta-feira 13!!!

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