Tudo bem que Sticky Fingers (1971) não é o melhor e nem o mais importante disco dos Rolling Stones, mas é sem duvida alguma um divisor de águas.
Depois deste álbum, todo o som dos anos 70 dos Stones foram se moldando.
A levada metálica, a voz afundada na mixagem, os naipes de metal e palhetas, a percussão pesada... Enfim, os Stones se reinventando após a morte de Brian Jones.
A capa ficou a cargo do papa pop Andy Warhol e traz uma fotografia chapada de uma pélvis masculina trajando jeans e tem um zíper - de verdade - que pode ser aberto mesmo, ao menos nas primeiras edições.
“Brown sugar” abre o disco falando de uma heroína escura que vinha da Índia ou do México, nem Mick se lembra...
A música é tão boa que os Mutantes fizeram um decalque dela em sua “Beijo exagerado” ouça as duas e compare.
“Sway” tem tudo aquilo que está no segundo parágrafo deste texto e mais: uma letra violenta sobre submissão sexual: It's just that demon life has got me in its sway - diz o refrão
“ Wild horses” é uma balada matadora. Das melhores que os caras já fizeram.
Levada com violões enquanto Mick canta de forma dramática, dá um respiro ao ouvinte e prepara um pouco o espirito para o que vem à frente.
É tocada até hoje nos shows e sempre é um dos pontos altos.
A faixa “Can´t you hear me knocking” é um deleite.
Para quem acha que os Stones não eram uma banda virtuosa, esta faixa serve para contradizer.
Muito bem tocada acaba num coda climático de sax e percussão mostrando onde está a diferença entre os Stones e os Beatles.
“You gotta move” é uma linda homenagem ao blues man Fred Mcdowell e a letra faz alusão ao canto dos escravos nas lavouras de algodão dos EUA que precisavam avisar uns aos outros sobre a chegada do feitor da fazenda. Hora que então era preciso que se movessem para não levar broncas ou apanhar.
Já “Bitch” nos mostra de onde Peter Franpton tirou o riff de sua “Breaking all the rules”.
“Sister Morphine” remete ao - então - estilo barra pesada da vida stoneana no verso: "Please, Sister Morphine, turn my nightmares into dreams" .
Não é preciso falar sobre o que é e o que faz a tal irmã.
“Dead flowers” é a preferida da casa e é um country rock tão fabuloso, tão redondo com um refrão tão grudento que resume tudo que o Creedence Clewater Revival sempre quis fazer e ficou pelo caminho.
O disco fecha com "Moonlight Mille" que é capaz de emocionar até uma pedra. (sacou o trocadilho? Desculpa...)
A banda ainda lançaria mais discos clássicos depois deste, mas se prestar atenção, todos eles iriam ter características ou detalhes que já haviam aparecido aqui.
Um clássico de verdade.
Depois deste álbum, todo o som dos anos 70 dos Stones foram se moldando.
A levada metálica, a voz afundada na mixagem, os naipes de metal e palhetas, a percussão pesada... Enfim, os Stones se reinventando após a morte de Brian Jones.
A capa ficou a cargo do papa pop Andy Warhol e traz uma fotografia chapada de uma pélvis masculina trajando jeans e tem um zíper - de verdade - que pode ser aberto mesmo, ao menos nas primeiras edições.
“Brown sugar” abre o disco falando de uma heroína escura que vinha da Índia ou do México, nem Mick se lembra...
A música é tão boa que os Mutantes fizeram um decalque dela em sua “Beijo exagerado” ouça as duas e compare.
“Sway” tem tudo aquilo que está no segundo parágrafo deste texto e mais: uma letra violenta sobre submissão sexual: It's just that demon life has got me in its sway - diz o refrão
“ Wild horses” é uma balada matadora. Das melhores que os caras já fizeram.
Levada com violões enquanto Mick canta de forma dramática, dá um respiro ao ouvinte e prepara um pouco o espirito para o que vem à frente.
É tocada até hoje nos shows e sempre é um dos pontos altos.
A faixa “Can´t you hear me knocking” é um deleite.
Para quem acha que os Stones não eram uma banda virtuosa, esta faixa serve para contradizer.
Muito bem tocada acaba num coda climático de sax e percussão mostrando onde está a diferença entre os Stones e os Beatles.
“You gotta move” é uma linda homenagem ao blues man Fred Mcdowell e a letra faz alusão ao canto dos escravos nas lavouras de algodão dos EUA que precisavam avisar uns aos outros sobre a chegada do feitor da fazenda. Hora que então era preciso que se movessem para não levar broncas ou apanhar.
Já “Bitch” nos mostra de onde Peter Franpton tirou o riff de sua “Breaking all the rules”.
“Sister Morphine” remete ao - então - estilo barra pesada da vida stoneana no verso: "Please, Sister Morphine, turn my nightmares into dreams" .
Não é preciso falar sobre o que é e o que faz a tal irmã.
“Dead flowers” é a preferida da casa e é um country rock tão fabuloso, tão redondo com um refrão tão grudento que resume tudo que o Creedence Clewater Revival sempre quis fazer e ficou pelo caminho.
A banda ainda lançaria mais discos clássicos depois deste, mas se prestar atenção, todos eles iriam ter características ou detalhes que já haviam aparecido aqui.
Um clássico de verdade.
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