News of the world - notas rápidas e rasteiras (68)


O fim de semana marcou o passamento do escritor e dramaturgo Antônio Bivar aos 81 anos de idade.
Autor das peças “Abre a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã” (1968), “Cordélia Brasil” (1967) e o “O Cão Siamês ou Alzira Power” (1969), Bivar também foi o primeiro escritor brasileiro a se debruçar sobre o movimento punk com seu livro O Que é Punk, de 1982.
Sua última obra, Perseverança, lançado em 2019 era a primeira parte de um livro de memórias.
Grande agitador da contracultura no país nos anos 60, 70, 80, foi um dos organizadores do festival O começo do Fim do Mundo que ajudou a nacionalizar nomes como Inocentes, Ratos do Porão, Cólera e Olho Seco em shows que ocorreram no Sesc Pompéia e que serviu de base para o documentário Botinada, de Gastão Moreira sobre o inicio do punk no Brasil.
Bivar estava internado no hospital Sancta Maggiore, em Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista desde 23 de junho diagnosticado com covid-19, quadro que se complicou no último dia 5.

Steve Perry, do Journey deu declarações em sua conta no twiter sobre ser contra o uso de sua “Don´t Stop Believin” em campanhas políticas.
Sem se referir a Donald Trump, as publicações vieram após a música ser ouvida durante um evento da campanha do homem laranja no Monte Rushmore.
Foi o que bastou para que o outro compositor da música, Neal Schon, também ir à público e dar uma pequena lavada na roupa suja da banda.
"Ah, engraçado quando tentei pará-lo antes de alguns anos atrás, a gerência me disse que você e Lee Phillips não queriam mexer com ele ...” – tuitou o ex membro do Journey.
Não é a primeira vez que Neal se opõe a ex companheiros de banda por conta do uso das músicas da banda em questões envolvendo posições políticas ou religiosas.

Há três anos, discutiu com o tecladista Jonathan Cain, o cantor Arnel Pineda e o baixista Ross Valory que visitaram Trump na Casa Branca.
A esposa de Caim, Paula White-Caim, é a conselheira espiritual do presidente.
O Journey, ou parte dele pelo menos, se juntam a Bruce Springsteen, U2, Tom Petty, Neil Young e aos Rolling Stones, que amearam processar o homem laranja, no veto ao uso de suas obras na corrida para reeleição para a Casa Branca.

Desde 2015, quando lançou o ótimo Rattle That Lock, David Gilmour não apresentava uma nova composição ao público.
A espera chegou ao fim com o lançamento “Yes, I Have Ghosts”, uma parceria com sua esposa, Polly Samson que é autora da letra.
O single ainda conta com a participação de Romany Gilmour, filha do guitarrista que além de cantar junto com o pai, ainda toca harpa.
A canção fará parte do audiobook A Theatre for Dreamers, de Polly, que conta que a canção estava pronta antes da pandemia, mas precisava de backing vocals.
A solução acabou sendo caseira e certeira, já que a voz de Romany é maravilhosa e casou perfeitamente com a faixa.

E faleceu nesta segunda feira, dia 6/7 o maestro e compositor de trilhas sonoras para o cinema Ennio Morricone.
Morricone tinha 91 anos e estava hospitalizado em uma clínica em Roma após sofrer uma queda na qual fraturou o fêmur.
“Reconfortado pela fé. Ele permaneceu totalmente lúcido e com uma grande dignidade até o último momento”, disse o comunicado feito pelo advogado e amigo da família Giorgio Assuma.
Autor de pouco menos de 500 trilhas sonoras, ganhou o Oscar em 2016 pelo trabalho com Quentin Tarantino em os Oito Odiados.
Também é detentor de prêmios Grammy, Globos de Ouro, Princesa das Astúrias e outros Oscar na carreira.
Perdem muito, tanto o cinema quanto a música.

A semana realmente começou pesada.
Faleceu nesta segunda feira (6/7) o músico Charlie Daniels, um dos membros do Hall da Fama do Country .
Charlie, que tinha 83 anos sobreu o AVC e não resistiu.
Ganhador do Grammy de melhor canção country de 1979 por "The Devil went down to Georgia", começou sua carreira como músico de estúdio gravando com Bob Dylan, Ringo Star e Leonard Cohen.

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