Independentes - a rica e plural produção musical do Nordeste

A cena musical nordestina é rica pra caramba e não para de gerar frutos.
Tanto na música considerada regional como no pop rock mais globalizado, os nomes vão pipocando em todos os estados da região sempre com trabalhos interessantes e cheios de potencial.

De Fortaleza, por exemplo, vem a Diamanita, banda que mescla peso e melodia na medida exata para passar sua mensagem.

crédito: divulgação

Formada na capital cearense em 2009, a banda conta com Jonathan Briseno (voz), Allef Christian (guitarra), Charles Costa (baixo) e Jorge Paulo de Sousa (bateria) em seu lineup e tem já no currículo um álbum completo: Colhendo Um Novo Eu, (2019), além de diversos singles.
O som é fundamentado no punk rock/hardcore e seu último lançamento foi o single “Breu” (Eletric Funeral Records) que fala como se pode aprender mesmo fazendo escolhas erradas.


O single ganhou também um vídeo dirigido e editado pela própria banda e com uma bela fotografia de Iago Barreto.


Da Bahia o duo Vitrolab formado pelos irmãos Barbosa: Guga que canta e toca a guitarra e Marcelo que cuida das programações e também canta.
foto: Silvonei Filho

O caldeirão do Vitrolab é efervescente e mistura a baianidade com os sabores e as cores de ritmos afro e latinos (ijexá, ragga) resultando em um som pop, moderno, universal e envolvente.
Seu mais recente lançamento é o álbum Mais Humano, título que se refere aos temas das letras que tem pautas muito em voga nas discussões das mídias sociais como respeito, defesa de liberdades individuais, proteção ao meio ambiente e combate ao extremismo destaque para “Solar” e “Amor Faz Bem”.

Já quanto ao lado musical, a tradição mais percussiva da música baiana marca presença de forma (até irônica se pensarmos no título do disco) eletrônica por meio de sintetizadores e beats programados.
Foram anos de composições que amadureceram e ganharam forma definitiva com a reclusão forçada durante a pandemia.
É quase impossível ouvir o som do Vitrolab e não pensar em Russo Passapusso e seu BaianaSystem, mas acredite, isso é uma coisa muito boa. Afinal, todo mundo quer jogar como o Pelé...
Totalmente composto, arranjado e produzido pelos irmãos Barbosa, Mais Humano tem a coprodução de André T, do estúdio T, um dos mais renomados da Bahia.
O disco está disponível nos streamings e tem a distribuição da Musequal Brasil.

Com dois discos lançados (Um No Exame, de 2014 e Árvore Estranha de 2019) e um EP (Desapego, 2021), a cantora e compositora Sandyalê manda para as plataformas digitais um disco ao vivo gravado no espaço de artes Reciclaria de Aracaju.

foto: Gabriel Barreto

Com seu som pop, autoral e repleto de identidade, a sergipana faz um apanhado de sua carreira repaginando quinze de suas canções com novos arranjos dialogando com o tema da sustentabilidade, tão caro à obra da cantora.
Hi-Lofi (Toca Discos) tem tom intimista e conta com Além Alencar na guitarra e Felipe Willians no baixo e synth bass.


Duas curiosidades sobre a gravação do disco: Sandyalê além de cantar ainda opera a drum machine e quando da apresentação no Reciclaria, ela estava grávida de seis meses de sua filha Serena, o que – segundo ela mesma – trouxe algumas modificações em seu jeito de cantar.
O disco – bem como toda sua discografia -  está disponível nas plataformas digitais e o show completo também está no youtube.

Como a gente sempre diz por aqui: música boa ainda existe, o povo que tem preguiça de procurar.

Comentários

  1. Não conhecia os caras… show de bola. Vou tentar catar uma apresentação deles.

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