Para matar a sede: vem aí dois filmes sobre Secos & Molhados

Que os Secos & Molhados foi um dos grandes fenômenos da música brasileira em todos os tempos, que são influentes até hoje e também grandes responsáveis por termos Ney Matogrosso, todos sabem.
E todos devem saber também que há pouquíssimo material disponível sobre o grupo quando o assunto é literatura e filmografia (vídeos de shows, filmes de longa ou curta duração e documentários).
Mas aparentemente isso está mudando.
Após a edição de um volume da coleção Som do Vinil dedicado ao grupo, também surgiu a ótima biografia Primavera Nos Dentes (ed. Três Estrelas), escrita pelo jornalista Miguel Almeida e também Moracy Do Val Show (WMF Coedição) que conta a trajetória do homem que dizem ser o descobridor/inventor do grupo e que mesmo não sendo uma bio dedicada exclusivamente a João Ricardo, Ney Matogrosso e Gerson Conrad, fornece detalhes precisos e muito importantes para se entender o fenômeno.

Já no que tange a vídeos, o Canal Brasil está produzindo um documentário dividido em quatro partes e que contará os anos de ouro dos Secos & Molhados, período que engloba os dois primeiros discos e o apoteótico show no Maracanãzinho que deu origem ao disco ao vivo (que infelizmente tem um registro bem meia boca na qualidade sonora).
Outra iniciativa muito interessante é bancada pela rede Globo de TV que finalmente vai produzir material relativo ao grupo.
Chegava a doer nos olhos (e ouvidos) a ausência da história dos Secos & Molhados em séries como Por Toda Minha Vida, dedicada a grandes nomes da MPB ou mesmo na série Grandes Nomes, um pouco mais pobre dramaturgicamente falando.
Com o inicio das gravações marcadas para junho próximo, o programa tem como base o livro de Miguel Almeida e está em fase final de escolha de elenco.
Mas se sabe que o trio Ney/João/Gerson será interpretado por Gabriel Leone, Mauricio Destri e Caio Horowicz respectivamente.

sentido horário: Secos&Molhados, Leone, Destri e Horowicz

A estreia, se tudo correr bem, deverá ser em 2023 e como é comum com estas produções (vide o filme sobre Luiz Gonzaga) deverá ter uma versão redux para as salas de cinema.

Para quem ainda não conhece (tem que corrigir esta falha urgente...) estão disponíveis nas plataformas os discos clássicos e alguns da fase em que João Ricardo tomou às rédeas.
Mas que nos perdoem João Ricardo e seus fãs, quando se fala de Secos & Molhados, obrigatoriamente se está falando dos dois primeiros discos e o registro ao vivo.


E estes ainda é possível serem encontrados em versões físicas (CD´s e LP´s) em remasterizações e reedições caprichadas feitas por Charles Gavin e lançadas pela PolySom.
Também é possível encontrar navegando pela internet alguns discos tributos muito bem cuidados: o sensacional Assim Assado (2003) que conta com um time estrelar (Pitty, Ritchie Arnaldo Antunes, Matanza, Capital Inicial, Ira! entre outros) prestando tributo aos 30 anos de lançamento do primeiro disco; Armazém 73 (2013) com ótimos nomes da cena indie (Maglore, Mahmundi, Nevilton e outros) e Primavera Nos Dentes (2017), banda formada por Charles Gavin, Pedro Coelho no baixo, o saudoso e genial Paulo Rafael na guitarra, Felipe Ventura (da banda Baleia) mesclando violino e guitarra e os vocais da cantora Duda Brack.
discos tributo

E que venham mais filmes, séries, livros e discos tributos.
Quanto mais Secos & Molhados, melhor.

Comentários