A vez dos de fora - Independentes gringos entre nós (4)

Hora dos independentes gringos entre nós.
E desta vez são três nomes de lugares não tão comuns, mas como sempre, a diversidade de sons e estilos é presente e muito bem-vinda.


Pra começar um pessoal que vem da terra do A-Ha e, curiosamente, assim como a banda de Morten Harket o Freedumb é um trio que faz uma mistura muito interessante com pitadas de rock clássico, punk e metal. (eles já estiveram por aqui no primeiro single day)
Só para ser honesto, daqui pra frente vou copiar e colar tudo que é nome próprio que aparecer no texto...


Formado em Østfold (Noruega, evidentemente), em 2003, mas só foram gravar em 2010 lançando o disco The Freedumb Curse que fez com que fossem selecionados para o festival PYRO e fossem classificados pela publicação NRK como uma das mais promissoras bandas daquele ano.
A formação então contava com Torstein Magnus Eriksen (baixo), Ole Vanem (bateria) e Thomas Walland Hansen (guitarra).
Em 2016, já com Kim Trøbråten na guitarra a banda grava Feeding The Tapeworm que rende uma turnê pelo país.
No fim da turnê o baterista Ole Vanem resolve se aposentar e dá lugar a Petter Cindahal.
Com essa nova formação lançam apenas um single: “Let Slide” que tem boa aceitação.
Ao fim de 2017 o recém contratado baterista vem a falecer e coloca a banda em um hiato de um ano, quando então Arne-Magnus Fjelle assume as baquetas e a banda começa a se preparar para lançar Post-Modern Dark Age e sai de novo em turnê.
Seu trabalho mais recente é o ep Feverish que apresenta pela primeira vez uma faixa cantada pelo guitarrista Kim Trøbråten.


O trabalho antecede o próximo álbum completo com lançamento previsto para 8 de outubro deste ano e que vai se chamar Social Hangover.
Mais fácil que escrever o nome desse povo todo ai é ouvir o ep que é bem legal.

 

Agora um caldeirão sonoro alemão que também já apareceu aqui (edição passada dos gringos)
O ep Not Welcome/In This World é o mais recente projeto do multi instrumentista Mike Ludwig que navega pelo stoner rock, mas adiciona à sua receita original pitadas generosas de psicodelia e experimentalismo.


Ludwig declarou acreditar no poder curativo da música tanto para os ouvintes como para o próprio compositor. Segundo ele, o processo de criar, tocar e gravar o ajudou a superar a depressão e o esgotamento.
O músico grava todas as guitarras, programa os efeitos e usa percussão gerada em uma bateria eletrônica. Tudo sozinho.
Sob o codinome Screaming Bones, Ludwig define o ep como: “-Uma viagem pelo espaço mental dos ouvintes.”.


O ep é composto por apenas duas músicas – que lhes dá o título – conta com guitarras carregadas de efeito, baixos em loop e uma levada de bateria estranhamente robótica e que ainda assim faz a música pulsar.
Pode até parecer estranho, mas quando se ouve tudo faz sentido.
Ou não...

 

Agora shoegaze... Russo!
Com o curioso nome de Subway Porno, a banda formada em Samara, cidade da região do Volga em 2014.


A formação conta com Egora House (baterista), Bella Berman (vocal e sintetizador), Jamil Iskanderov (baixo), Danila Kazakov (guitarrista) e Vova Crust (guitarrista) e já lançaram um ep homônimo em 2018 e agora coloca nas plataformas de streaming o disco Memory Motel.
Gravado no estúdio particular da banda que fica em uma casa já centenária ao lado de um cemitério, os caras fizeram tudo sozinhos.
Desde a produção e mixagem que ficaram a cargo do baterista Egora House e do guitarrista Vova Crust,  até a arte da capa feita pela vocalista Bella Berman.


Os caras tem influências bem distintas que vão de Serge Gainsburg até Marylin Mason passando por Tame Impala e Interpol.
O som mistura guitarras propositadamente sujas e barulhentas – até nas baladas – e o disco tem um conceito muito bacana: Memory Motel é um lugar imaginário afetado por grandes ondas de nostalgia e cada música é um quarto deste hotel onde se desenrola uma história individual.
Um detalhe legal é que a distribuição mundial para os streamings é feita por um selo brasileiro, o Before Sunrise Records que fez uma parceria com o selo russo Rakurs.

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