Barulho contra o fascismo - coletânea da Electric Funeral traz 14 novos nomes da música pesada e engajada
Alguns assuntos, infelizmente, nunca morrem.
Com o recrudescimento das ondas conservadoras pelo mundo, vira e mexe governos ultra
conservadores são eleitos ou tomam o poder em alguns casos.
Grupos que não tem a menor intenção de promover igualdade social, que toleram e
promovem preconceitos, oprimem minorias enquanto fazem vistas grossas para
interesses obscuros de grandes corporações com fins financeiros.
Sempre montados num tripé populista de “deus, pátria e família”
e afundados na própria hipocrisia.
Por sorte, a arte, que é outra coisa odiada por estes grupos, sempre acha um
meio de se exprimir, criticar e combater esses grupos com traços fascistas.
Uma das classes mais atuantes dentro dos artistas é o dos músicos e, dentro desta
fatia, os “roqueiros”.
E entre os roqueiros, o pessoal da vertente punk hardcore é, em geral, o mais
radical e engajado.
Um bom e atual exemplo é a coletânea Noise Against Fascism que a Electric
Funeral Records está colocando nas plataformas digitais.
São quatorze bandas com músicas bem fundadas nos ideais anti fascistas que
praticam os bons e velhos rock, punk, hardcore em várias de suas vertentes.
Algumas até já passaram pelas páginas do Mzq-se como o The Black Punks, Pavio, Backdrop Falls, Zomer Project e Brigida.
Mas os quarenta e noves minutos da coletânea também tem outras boas aparições.
Os destaques ficam por conta dos catarinenses do Elephantus com a música
“O Chamado da Floresta”, um dom de primeira qualidade; o She´s Dead, de Curitiba,
mandando ver com “Stay Away” que não é cover do Nirvana e o Punhal, banda
carioca que se declara como antifascista trazendo a sua “Abriram-se os Porões”.
A coletânea está disponível em todas as plataformas, mas um lançamento em
formato físico -vinil ou cd – tornaria o disco um documento como as antigas
coletâneas de metal e punk que fizeram história e lançaram nomes como Ratos de
Porão, Inocentes, Cólera e afins...
Quem sabe a Electric Funeral não pensa no assunto.
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