A vez dos de fora - Independentes gringos entre nós (6)

Independentes pelo mundo, literalmente...


A Austrália é um país muito plural quando se trata de música.
De lá vem coisas tão diferentes e originais quanto Men At Work, Ac/Dc e Midnight Oil.
E vem também o Burn The Highway com seu ultra misturado que vem do death metal até ao hip hop.
A banda foi formada em Sidney e conta com Kristian Capuozzolo (baixo/vocal), Rob Favotto (guitarra) e Nate Barnes (bateria) em sua formação e está lançando Weapon X (Hollywood Hitman Studios), seu mais novo álbum.


Responsáveis por todas as composições, Kristian e Rob parecem não conhecer limites e atiram para todos os lados acertando na maioria das vezes.
A banda, altamente entrosada vai na onda e fornece qualquer tipo de som que os dois malucos proponham e a forma de composição é bem peculiar: Kristian e Rob compõe as bases e gravam em Sidney, depois enviam para os EUA para que Nate Barnes adicione a bateria.
Para os shows, Hari Rana, um quarto músico, assume as baquetas.
Burn the Highway é o primeiro disco completo dos australianos que possuem apenas mais um ep homônimo na discografia lançado em 2021.

Balmain também é australiano, mas foi criado no Canadá e isso explica um pouco a multifacetação de seu metal.
O cara já esteve por aqui no Gringo Music número 2 e está de volta com seu metalcoredancepunk esquisitão.
“Pastel Shadows” (TOZ Records) é um dos últimos singles antes de seu próximo trabalho que deve ser um ep.



Produzido por Scott Middleton, do Cancer Bats, o músico escancara suas influências que vão de Muse até Deftones criando um som mezzo dance, mezzo punk que pode (ou não) lembrar os melhores momentos do Depeche Mode.
O melhor é não rotular, só curtir.

Dream pop japonês.
Diferente né? Não... só um pouco fora do radar da música pop que atualmente vai rumo à Coreia e seu K-Pop.
Mas não é tão estranho assim se pensarmos, por exemplo, na banda de metal feminina (super pesada e fofa ao mesmo tempo) Baby Metal.
Um duo feminino vindo de Nagano formado por Maiko Kitazawa e Akemi Ito e que atende pelo nome de Stargirl.


“Kitchen” é o primeiro lançamento delas e sai pelo selo Before Sunrise Records.
Maiko é guitarrista e vocalista e Akemi toca bateria.


Fica fácil associar (até pelo formato da banda) a coisas como White Stripes ou The Black Keys, mas o som é completamente diferente indo na direção de My Bloody Valentine e The Beach House passeando por paisagens sonoras que vão do shoegaze com toques suaves de dreampop e noisepop. Alguns poderão até identificar algo de bossa nova no som das meninas que, além de tudo, ainda colecionam instrumentos vintage.
O single antecipa o lançamento do ep Charlar, previsto para ser lançado em 16 de setembro.

Pra terminar por agora, ingleses.
Franc Moody é um combo formado em Londres que transita pelo funk contemporâneo formada por Ned Franc e Jon Moody e que ao vivo conta com a participação de Amber, Luke, Dan, Rosetta e The Hoff.


O som transita entre Jamiroquai (eca) e Daft Punk (muito melhor) que pode ser conferido no single “LA Raining” (Movida Música), canção sobre sentir saudades da cinzenta e chuvosa Londres durante um dia bem atípico em Los Angeles.


A banda promete para o dia dois de setembro o álbum Into The Ether em que as influências – segundo Ned e Jon – são as trilhas sonoras de filmes western italianos, em particular as compostas pelo maestro Enio Morricone.
Se curte um funk de branco, prato cheio.

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