Os 150 melhores discos da década de 1990 segundo a Pitchfork (não que a gente concorde...)

Ok... Listas de melhores músicas ou discos acabam só fazendo sentido para aqueles que as fazem e para os fãs, caso seus artistas e obras preferidas estejam bem colocados nela.
Para o restante das pessoas é só uma curiosidade ou motivo para uma discussão a mais nas já repletas de brigas redes sociais.
A Pitchfork resolveu dar um pouco mais de munição pra esse pessoal e publicou uma lista com os cento e cinquenta melhores discos da década de 1990, que para alguns pode parecer ter sido ontem, mas já se vão bons trinta anos.
O critério, obviamente, não é técnico e nem tão pouco número de vendas, que ninguém se preocupa com isso na hora de se apaixonar por um álbum.
Então qual é? Saberá Jesus...
Não é a primeira vez que a publicação faz o check in da década.
Antes, havia publicado a lista dos melhores em 1999, lista que sofria com a emoção do calor da hora. Tudo ainda era bem recente.
Depois a listagem foi revisitada uma vez em 2003 e novamente em 2010.
Essa nova, além de contar com uma visão em retrospectiva de um tempo muito maior, corrige algumas falhas (segundo os próprios) ocasionadas por uma melhor compreensão e evolução natural dos gostos musicais.
E porque a década de 90 do século passado?
Porque além de legal, algumas destas obras apresentaram um impacto que ainda hoje influenciam a música que ouvimos.


Apesar de ter sido a “década do grunge”, nenhum álbum do gênero aparece no top five da lista.
Discos considerados marcos como Nevermind (1991) ou In Utero (1993) aparecem nas posições 10 e 75 respectivamente.
Outro disco importante do “movimento”, Superunknown (1994) do Soundgarden é apenas o número 148.
Nomes como Pearl Jam e Alice in Chains sequer aparecem enquanto o Hole, banda da esposa de Cobain, Courtney Love, aparece em oitavo lugar com Live Throug This de 1994.


Hole era grunge?

Também não tem nada do Oasis, cabendo ao Pulp, de Jarvis Cooker e seu Different Class de 1995 representar o britpop na posição 71.
A lista traz três dinossauros: Tom Petty, que lançou seu primeiro disco em 1976 está na posição 219 com seu Wildflowers (1994); Bob Dylan (desnecessário falar de datas...) e seu Time Out of Mind (1997) na posição 68 e Madonna, que queiram ou não, na década de noventa já era rodada comparece com Ray of Light na posição 55.
Outras curiosidades são a ausência de discos como Out of Time, do REM que foi lançado em 1991 ou Metallica (black album de 1991).
A banda de Michael Stipe aparece, mas com Automatic for the People (1992) na posição 63.


um dos melhores do REM

Um gigante que tem apenas um disco na lista são os irlandeses do U2.
Bono, The Edge e companhia foram lembrados com o revolucionário (ao menos para o som da banda) Achtung Baby de 1991.
Alguns nomes aparecem mais de uma vez como o Pavement e seu som lo fi (Slanted and Enchanted de 1992 na posição 70 e Crooked Rain, Crooked Rain, 1994 em vigésimo nono); o Radiohead (The Bends de 1995 na posição 81 e o incensado Ok, Computer de 1997 em terceiro) e a esquisita da Bjork com Homogenic de 1997 em sexto e Post de 1995 em vigésimo oitavo.
Alguns dos álbuns preferidos do Mzq-se que entraram na lista: Grace (1994) de Jeff Buckley ficou na posição 135; Summerteeth (1999) do Wilco em centésimo segundo lugar; Ladies and Gentlemen We Are Floating in Space (1997) do Spiritualized na posição 86 e If You’re Feeling Sinister (1996) do Belle And Sebastian em vigésimo quinto.



A posição de honra ficou com um disco do My Blood Valentine (Loveless, de 1991) que a gente acha, sinceramente, bem inferior ao segundo colocado, o arrasa quarteirão (e filho único até aqui) The Miseducation of Lauryn Hill (1998), de Lauryn Hill.
Quem quiser conferir a lista completa, com os comentários sobre cada um dos álbuns pode acessar clicando aqui => 150 da Pitchfork


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