Os melhores "one hit wonder" da decada de 1990 segundo a Pichfork

A Pitchfork segue dissecando a década de 1990.
Depois de fazer uma lista com os melhores discos lançados naqueles dez anos malucos e muito criativos, os caras resolveram falar dos “one hit wonder”.
Obviamente que quem chega aqui tá familiarizado com o termo, mas vamos fingir que algum neófito desavisado caiu aqui por um capricho do algoritmo e dar uma explicada...



Durante os anos 1990 ocorreu a popularização do CD, que querendo ou não, barateou o processo de distribuição de música gravada.
O preço de se gravar um cd para distribuir no mercado era infinitamente menor (e mais fácil) do que um single em vinil.
Lembre-se que era o ápice do poder das gravadoras que ficavam a cada lançamento bem sucedido mais ricas e podiam investir uma grana (as vezes pesada) em nomes que, embora fossem bons artistas, não estampavam “longevidade” em suas imagens.
Por vezes, seus discos completos eram bem mais ou menos, quando não, apenas cópias um tanto desbotadas de grandes nomes do passado ou do momento, mas que produziam uma, no máximo duas músicas excelentes que caiam no gosto popular (também bastante manipulado pelas gravadoras), estouravam, tocavam à rodo nas rádios (sim, ainda eram relevantes), em comerciais na TV (internet ainda engatinhava) ou aparecia em trilhas sonoras de filmes e depois, como bolhas de sabão, simplesmente sumiam.
A lista da Pitchfork traz alguns nomes bem conhecidos da gente aqui no Brasil e alguns que só aconteceram na gringa.
Esses últimos, se ouvidos em retrocesso, com a isenção que a distância temporal dá, são até bem legais.
Vê se conhece algum:

“Flat Beat” de um tal Sr. Oizo.
“C’est La Vie” da cantora B*Witched.
“Lonely Swedish (The Bum Bum Song)” do Tom Green.
“Tenesse” do Arrested Development.
“Achy Breaky Heart” do pai da Miley, Billy Ray Cirus.

E outros menos cotados que você pode ver na matéria original aqui => One Hit Wonder Pichfork
Dos que foram “grandes” aqui também, o Mzq-se fez um corte e uns comentários aleatórios.
São eles:

Lou Bega e seu “Mambo No.5”.


A lista de ericas, monicas e ritas que o alemão Bega compilou em ritmo de mambo moderno é realmente empolgante, mas... Cadê o cara?

House of Pain – “Jump Around”.


Essa era bem legal, mas a gente só lembra do “Just Another Victmin” que eles gravaram com o Helmet.
Reza a lenda que o DJ Muggs, o homem por traz de “Jump Around” tentou passar sua composição para o Cypress Hill e até para o Ice Cube, mas eles a recusaram.
Perderam um hit.


Blind Melon – “No Rain”.


Tá, muita gente vai alegar que o disco com a abelhinha na capa é bom, que tem mais um monte de música legal (“Tones of Home” é realmente foda!), mas pergunte sobre a banda a quem não é tão atento assim e você vai ouvir: “-Ah sim... Aquele do clipe da menina abelha.”
E só.


New Radicals – “You Get What You Give”


Nem era uma banda… Gregg Alexander pegou uns músicos, gravou esta maravilha, tocou pra caramba em todo lugar e depois sumiu.
Recentemente voltou a fazer shows, com a mesma música e a mesma roupa.


For Non-Blondes – “What´s Up”.


Não tinha nenhuma loira na banda... Só teve um disco e a cantora achou que era boa demais pra ficar no grupo. Saiu, resultado? Sumiu...
Mas se tocar, duvido cê não cantar: “And I say, hey, yeah, yeah-eah/Hey, yeah, yeah” ad infinitum.

Agora um caso de legitima má vontade da publicação.
Os caras listaram “Hell” do combo Squirrel Nut Zippers como sendo one hit wonder.



Tão malucos? Só de orelhada eu listo pelo menos mais cinco ou seis grandes musicas de outros álbuns dos caras...
Ah... Não foram hits?
Bom... Azar do mundo que não foram.

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