Desonra lança seu segundo álbum, Discórdia: porradaria em português pra exorcizar estes dias esquisitos

O Desonra já passou duas vezes pelas páginas do Mzq-se.
Uma vez quando lançou o single “Brazil” e a outra quando disponibilizou o clipe para “Necropolítica Canibal”.
As duas faixas fazem parte do novo álbum da banda: Discórdia.

O primeiro disco cheio desde 2018 quando lançaram o álbum de estreia homônimo, também é a sequencia natural do ótimo ep Genocídio de 2021 onde já entrava com os dois pés no peito do ser mais burro da face da terra a ser presidente de um país.
São dez canções pesadas com inspirações que vão do clássico Black Sabbath ao moderno metal feito pelos franceses do Gojira.
E a porrada come solta emoldurando letras que explicitam sentimentos pessoais de raiva, frustração e tristeza e servem pra exorcizar o ódio destes tempos esquisitos.
Além da coesão e agressividade instrumental, outro ponto forte da banda é seu vocalista Cleiber Mota, que não tem dó da garganta cantando com intensidade e emoção.
A banda ainda conta em sua formação com Beto Padilha na bateria, Luiz Araújo na guitarra e Mike no baixo e os caras estão na ativa desde 2014.

foto: Paulo Mancha
Alguns destaques do disco ficam por conta da poderosa “A Faca Que Te Cega”, com um trabalho impressionante do baterista Beto, que também quebra tudo em “Refém do Medo”.
Já a faixa seguinte, “Escravo Perfeito”, é mais cadenciada, mas não mais leve, e tem riffs contagiantes.
Mas o ponto alto entre as inéditas do disco ficou com “Senhor da Escrotidão (Discórdia)” um hardcore nervoso endereçado ao jumento que vai deixar o planalto em janeiro.
O disco não tem um descanso sequer, e nem mesmo a arrastada (no bom sentido) “Infesto” deixa o ouvinte respirar tranquilamente.
Talvez, a única concessão fosse o instrumental quase hard rock de “Império Podre”, mas a performance do vocal tira a possibilidade.
E creia: isso é bom.
O single “Brazil”,  uma das melhores letras da banda e a mais “suingada” do trampo fecha a tampa com a adrenalina lá no alto.
Gravado no renomado estúdio Fusão, em São Paulo entre final de fevereiro o e início de março desde ano o disco tem a produção de Thiago Bianchi do Noturnall.
Porradaria nacional com letras em português pra bater cabeça em alto estilo.
Bora bangear.

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