Punhal lança novo single e caminha para ser a maior referência do crossover nacional

A banda carioca Punhal tem tudo para, muito em breve, ser a maior referência do crossover metal/hardcore no país.
Tanto pelo som - ultra competente - que pratica, quanto pela temática sempre afiada e altamente politizada de suas letras.
Relatos Sobre o Absurdo (2022, Electric Funeral Records que a gente já falou AQUI) e, principalmente o álbum de estreia Entropia (2021, Electric Funeral Records) batem pesado na ascensão do pensamento nazi fascista e chama a classe trabalhadora a ter consciência de classe.

Sandro (voz), Thiago (guitarra), Amaury (baixo), Beto (bateria) fonte da foto: facebook
Nesse novo trabalho disponibilizado nos streamings também pela Electric Funeral Records, sem medo nenhum de utilizar um clichê, a banda deixa claro que a luta continua.
O single duplo Guerra de Classes com as faixas “A Guerra de Classes Deve Prevalecer!” e "La Tarantella della famiglia mafiosa brasiliana" tem os mesmos elementos líricos presentes na obra da banda, mas traz na parte musical o diferencial que a credencia ao posto referido na primeira frase deste texto.

A primeira faixa foi escrita e incluída na coletânea Punkadaria Antifascista Vol 3 e apresenta uma estrutura diferente das canções já gravadas pela banda com harmonias de guitarra muito interessantes, mas com o mesmo peso e agressividade de sempre.
A letra cantada em forma de grito pelo vocalista Sandro denuncia o massacre social vivido pelo povo pobre e sobe o tom pra comandar o contra-ataque: “Desistir jamais/chegou a hora de levantar/tomar o que é nosso/vamos avançar!”
Já a segunda faixa é cria das sessões de composição e gravação do álbum de estreia e é das mais interessantes da banda com a palavra crossover fazendo mais sentido do que nunca.
As guitarras pesadas e melodiosas (o riff lembra até Iron Maiden era Paul Di’Anno) dividem espaço e se completam com uma batida que emula a tarantela italiana dando sentido ao título macarrônico. Mas não se engane, o bagulho é pesado.
A letra também é das mais divertidas espinafrando uma certa família de bandidos que por azar do país chegou ao poder e lá ficou fazendo merda por quatro anos: “Paga pau de americano/tudo bando de cuzão!” são só duas das definições que o baixista Amaury coloca na letra.
Enfim... “Guerra de Classes” é mais um importante passo adiante da Punhal e a gente espera ansioso os próximos.
A luta e a caminhada não podem parar.

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