Ser educador no Brasil é embaçado.
Há bem pouco tempo atrás até correu sério risco de ser considerado profissão
perigosa, insalubre. Ainda agora, tem
uns tipos desqualificados que continuam tentando de alguma forma “criminalizar”
o oficio.
Educador em um país em que os educados são minoria (e não tô falando de educação
acadêmica não...) é se fazer de psicólogo, enfermeiro, mediador, artesão e as
vezes tudo ao mesmo tempo. Eu sei porque também sou educador.
E tudo isso pelo mesmo salário, que creia, não é lá
grandes coisas, bem pelo contrário.
E não caia na esparrela de que temos de fazer isso por amor... Pagamos contas
como todo mundo.
Mas fazemos com amor, isso é inegável.
E tem esse cara aqui: Renan Inquérito.
foto: Rafael Berezinski |
Doutor em geografia e professor da UFABC que adicionou um outro fator àquela soma de ocupações que um educador exerce: artista.
Militante da cultura hip hop, fundador em 1997 do grupo Inquérito (com quem gravou nove (!) discos e fez um sem número de shows) e do projeto Abrakbça que introduz na educação a linguagem da cultura hip hop, - ele nomeou como “Pedagogia Hip Hop”, que com certeza Paulo Freire sorriria aprovando ao saber.
Juntando essas paixões, percorre escolas, EJA´s (Educação de jovens e adultos), CRAS (Centro de Referencia de Assistência Social) CREAS (Centro de Referência Especializada de Assistência Social) e unidades da Fundação CASA realizando eventos como saraus, oficinas e promovendo debates em locais que – em geral – não recebem um olhar mais cuidadoso das autoridades quando o assunto é educação (as vezes olhar nenhum sobre necessidade alguma). Trampo bem árduo, mas compensador.
foto: Luciano Avanço |
Vale uma visita ao site do projeto Abrakbç (abraKbeça.com.br) e o apoio ao trampo do Renan Inquérito, porque, aqui entre nós e o povo da rua: esse cara dignifica a(s) profissão(ões).
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Seja o que você quiser ser, só não seja babaca.