Cem Anos De Solidão, publicado por Gabriel García Márquez em 1967 é um dos textos mais lindos de toda a literatura latino americana com seu realismo fantástico, cenas inesquecíveis, personagens extraordinários e toda a carga humana e humanística que contém.
Cada detalhe, cada camada da saga dos Buendía e da história de Macondo faz diferença e é muito importante no entendimento final da história.
Desde o primeiro Buendía (que está preso a castanheira) até o último (que foi carregado pelas formigas), passando pela história de Remédios, a Bela, o esquecimento geral e todo o restante, tudo é imprescindível.
Daí a dificuldade inicial em se empolgar com a série disponibilizada pela Netflix.
São muitas camadas entranhadas para serem colocadas no áudiovisual sem que nada se perca. Tarefa praticamente impossível.
Mas não é por isso que vai deixar de ver a obra...
Assim como a (ótima) série sobre Ayrton Senna, trata-se de uma adaptação e ainda que aqui se trate de uma obra de ficção, é óbvio que seria necessária a escolha de apenas alguns dos veios da história para se desenvolver uma narrativa coerente e possível do livro.
E aí pode-se dizer que os acertos foram maiores e em maior número que os erros.
Desde o visual lindo com fotografia deslumbrante, direção competente de Laura Mora e Alex Garcia Lopez e as ótimas atuações de Cláudio Cataño, Jerónimo Barón e Susana Morales, entre outros.
Mas de toda forma, fica a dica: leia o livro.
Seja para conhecer melhor toda a história dos Buendía e de Macondo ou para entender o porquê desta maravilha de livro ter dado o Nobel de literatura à Gabo Márquez.
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