No começo dos anos 1980 era muito comum que as gravadoras colocassem à venda discos com duas ou mais bandas e artistas novos apresentando suas canções. Era uma forma de testar a recepção do público a estes nomes e assim decidir se compensava ou não investir em um álbum exclusivo.
Estes discos eram conhecidos como "paus de sebo", vai saber porquê, e eram também uma alternativa ao single, popular "compacto" que por ser um disquinho menor com apenas uma ou duas músicas, não tinha penetração boa nas combalidas finanças do consumidor de música daqueles tempos.
Hoje, com o mercado mudado e o formato físico cada vez mais nichado (e caro), e o advento das plataformas de streaming, a prática e o lançamento destes discos caiu em desuso, sendo mais comum que os artistas lancem suas faixas independentes mesmo e seja o que o algoritmo quiser.
Mas acontece...
Um exemplo é a coletânea Cena Rap Limeira (2025, Studio Level 10), idealizada e produzida por Pedro Gamba Drago e financiada pela Lei Aldir Blanc de Fomento à Cultura.
O disco joga luz sobre uma geração de artistas ligados ao universo hip hop e ao rap da cidade de Limeira, no interior de São Paulo, e mostra uma gama enorme de estilos e pontos de vista diferentes com nomes como Wagnão Insurgente, Black90 Mc's, Rodrigo Lama, Ganja EFX, Rodrigo Short, Okzo, Tork J.S.P, Efi-B Rim e Lê Roots & Flávia Salviatti.
Uma iniciativa pra lá de bem vinda e que deveria ganhar semelhantes em outros estilos e cenas.
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